Ser atleta não é ser baladeira. Treinadoras e atletas no futebol de mulheres em São Paulo.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2025.234343

Palabras clave:

Marcadores sociais da diferença, Genero, Antropologia

Resumen

Esse artigo tem como objetivo discutir acerca da produção e formação de atletas no futebol de mulheres em São Paulo, a partir de uma etnografia realizada junto a uma treinadora de futebol em um clube tradicional do estado. Busco compreender como a competitividade se torna uma importante categoria para se pensar essa produção e formação de atletas no futebol profissional. Além disso, como observado em campo, “ser competitiva” é algo que está frequentemente atravessado por marcadores sociais da diferença, seja de gênero, raça ou classe. Dessa forma, procura-se explorar como essa produção e formação são marcadas por uma série de categorias que ratificam esse “ser atleta de futebol feminino” nesse espaço, produzindo tensões e disputadas em torno do que se espera de uma atleta de futebol.

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Biografía del autor/a

  • Débora Cajé Yamamoto, Universidade de São Paulo

    Mestranda em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Membro do Núcleo dos Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS).

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Publicado

2025-08-22

Número

Sección

Dossiê "O futebol como um fenômeno sociocultural: análises etnográficas e reflexões contemporâneas"

Cómo citar

Yamamoto, D. C. (2025). Ser atleta não é ser baladeira. Treinadoras e atletas no futebol de mulheres em São Paulo. Ponto Urbe, 33(1), e234343. https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2025.234343