Festa hostil: música e emoção na Popular
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2025.234429Palavras-chave:
Torcidas Organizadas, Clubes de futebol, Antropologia das práticas esportivas, Emoções, MúsicaResumo
Este artigo contribui ao estudo das práticas esportivas no Brasil ao apresentar uma reflexão teórica a respeito dos elementos que compõem a festividade para as torcidas organizadas, em especial para aquelas que se autodefinem como barras no Rio Grande do Sul. Para tanto, a proposta recupera a consistente literatura sobre o tema e propõe novos desenvolvimentos a partir de proposições fomentadas desde os estudos da música, das emoções e da antropologia econômica. O caso que enseja a reflexão é a torcida Guarda Popular ligada ao Sport Club Internacional, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A hipótese proposta para compreender a atuação desta e de outras torcidas sugere que suas definições da festividade no futebol comportam simultaneamente apoio e cobrança ao clube. A noção proposta de “festa hostil” busca descrever justamente as performances musicais/guerreiras que devem ser sempre hostis aos adversários e, eventualmente, também aos dirigentes e jogadores do clube.
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