Uma etnografia nas filas de votação em Cape Town: memória, frustração e esperança em 30 anos de democracia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2025.243378

Palavras-chave:

Etnografia, África do Sul, democracia, eleições presidenciais, tranformação

Resumo

Este artigo apresenta um relato etnográfico sobre o trabalho de campo realizado nas filas de votação das eleições nacionais em Cape Town, na África do Sul, em 2024, ano em que a democracia do país completou 30 anos. Desde a primeira eleição democrática, em 1994, o African National Congress (ANC), partido de Nelson Mandela, teve a maioria dos votos em todas as eleições para a presidência. Desta vez, circulava no debate público a possível perda desta hegemonia. Nas entrevistas com pessoas nas filas de votação, emergem diferentes pontos de vista, compondo um mosaico de impressões locais sobre este pleito e sobre a democracia do país, de forma mais ampla. Memória, frustração e esperança atravessam os relatos de pessoas de diferentes gerações e pertencimentos raciais e de gênero.



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Biografia do Autor

  • Luana Piveta de Moura Luz, Universidade de São Paulo

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo.

Referências

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Publicado

2025-12-18

Edição

Seção

Etnográficas

Como Citar

Luz, L. P. de M. (2025). Uma etnografia nas filas de votação em Cape Town: memória, frustração e esperança em 30 anos de democracia. Ponto Urbe, 33(1), e243378. https://doi.org/10.11606/issn.1981-3341.pontourbe.2025.243378