Resposta a Vilanova Artigas. Por uma sede própria.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v24i44p88-106Palavras-chave:
Arquitetura Moderna Paulistana. Eduardo Kneese de Mello. Movimento IABsp. Patrimônio. João Batista Vilanova Artigas.Resumo
Um dos atributos que fizeram do Edifício IAB um objeto singular é o modelo raro, senão único, de edificação do porte e tipologia erguida por e para seus usuários em favor de uma causa. Isso porque, em 1943, quando o Departamento Paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil é instalado, institucionaliza-se uma agenda ímpar cujo mérito foi unir a classe por uma nova arquitetura a exemplo do grupo do Rio de Janeiro reconhecido internacionalmente. Todavia, o não aprofundamento acerca do papel desempenhado pela seção paulista do instituto, na implementação das tendências de vanguarda, está a comprometer o reconhecimento crítico da relação entre a sua fundação e a renovação da arquitetura produzida na cidade simbolizada no próprio edifício-sede inaugurado em 1950. Logo, identificar o ora nomeado Movimento IABsp e seus seguidores pode aprimorar os critérios de análise e crítica no campo da prática arquitetônica à época da gestão de Eduardo Kneese de Mello à frente do instituto (1943-1950). Nascido em resposta a Vilanova Artigas, que durante um ciclo de depoimentos questionou o anonimato de seus pares engajados na ação coletiva, este artigo não entra no mérito do objeto arquitetônico, propriamente dito, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN), em 2015.
Downloads
Referências
AMARAL, Aracy Abreu. Perfil de um acervo. Museu da Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1988, p. 13 e p. 48 n. 4.
ARANGO, Silvia. “O juízo em arquitetura”. In Critica de arquitetura. Ensaios latino-americanos. Segawa, Guerrero, Silva (Org.), Cotia Ateliê Editorial, 2013, pp. 13-42.
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo, Martins Fontes, 1992, p. 14-15.
ARQUITETURA E DESENVOLVIMENTO NACIONAL. Depoimentos de Arquitetos Paulistas. São Paulo: Editora Pini, 1979, p. 13-15, 17-19.
ATIQUE, Fernando. Memória moderna. A trajetória do Edifício Esther. São Paulo: FAU-USP: tese de doutorado, 2004, p. 241, 250, 251, 325.
BRESSAN PINHEIRO, Maria Lúcia. Modernizada ou Moderna? Arquitetura em São Paulo, 1938-1945. FAU-USP: tese de doutorado, 1997.
BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002, p. 83.
BRUNA, Paulo. Os primeiros arquitetos modernos. Habitação social no Brasil 1930-1950. São Paulo: Edusp, 2010.
CAVALCANTI, Lauro. (org.) Arquitetura Moderna no Brasil. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora / IPHAN, 2000.
CORONA, E. LEMOS, A. C. Roteiro da Arquitetura Contemporânea de São Paulo. São Paulo: Separata da Revista Acrópole, n. 295-296, 1963.
COSTA, Lucio. Sobre Arquitetura. Porto Alegre: Uniritter Ed., 2007.
FICHER, Sylvia. Os arquitetos da Poli: Ensino e profissão em São Paulo. São Paulo: Edusp, 2005, p. 181.
FLYNN, Maria Helena de Moraes Barros. Concursos de arquitetura no Brasil (1850-2000). São Paulo: FAU-USP: tese de doutorado, 2000.
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
GAMA, Lucia Helena. Nos bares da vida: produção cultural e sociabilidade em São Paulo: 1940-1950. 2ª ed. São Paulo: Editora SENAC, São Paulo, 1998, p. 100.
GINZBURG, Carlo. De A. Warburg a E.H. Gombrich: notas sobre um problema de método. In Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história, São Paulo: Companhia das letras, 1989, pp. 41-43.
GOODWIN, Philip L. Brazil Builds: architecture new and old 1652-1942. New York: Museum of Modern Art, 1943.
HERBST, Helio. Pelos salões das bienais, a arquitetura ausente dos manuais: expressões da arquitetura moderna brasileira expostas nas bienais paulistanas (1951-1959). São Paulo: FAU-USP: tese de doutorado, 2007, p. 48-49.
HITCHCOCK, Henry-Russel. Latin America n Architecture since 1945. New York: MoMA, 1955.
IRIGOYEN, Adriana. Wright e Artigas. Duas viagens. São Paulo: Ateliê, FAPESP, 2002
KNEESE de MELLO, Eduardo. Porque Arquitetura Contemporânea. In Acrópole, N.102. out, 1946, p. 159-168
KNEESE de MELLO. Arquitetura, Urbanismo e Democracia. In Acrópole. N. 123. jul, 1948, pp. 91-97.
LEMOS, Carlos A. C. O modernismo arquitetônico em São Paulo. Arquitextos. 065.01, ano 06, out. 2005
LEMOS, Carlos A. C. Monumentos em perigo: sobre o restauro e preservação dos edifícios Esther, IAB-SP e Copan. Vitruvius, Minha cidade, 121.03, ano 11, ago. 2010.
LIENUR, Jorge Francisco. O Milagre Brasileiro, os Estados Unidos e a Segunda Guerra Mundial. In GUERRA, Abílio (org.). Textos fundamentais sobre a história da arquitetura moderna brasileira. Parte 2. São Paulo: Romano Guerra, 2010, p. 202.
LIRA, José Tavares Correia de. Fraturas da vanguarda de Gregori Warchavchik. São Paulo: FAUUSP: Tese de livre-docência, 2008.
MARTINS, Carlos Alberto F. Há algo de irracional. Notas sobre a historiografia da arquitetura brasileira. In GUERRA, Abílio (org.) Textos fundamentais sobre a história da arquitetura moderna brasileira. Parte 2. São Paulo: Romano Guerra, 2010, p. 131-168.
MINDLIN, Henrique. Modern Architecture in Brazil. Rio de Janeiro /Amsterdam: Colibris, 1956.
POGGIOLI, Renato. El Concepto de Movimento. In Teoria del arte de vanguarda. Traducción del italiano, Rosa Chacel. Mexico: Universad Nacional Autônoma de Mexico, 2011, pp. 31-53.
SERAPIÃO, Fernando. A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini. São Paulo: Paralaxe, 2011
SODRÉ, João Clark de Abreu. Roteiros americanos: viagens de Mindlin e Artigas nos Estados Unidos, 1943-1947. FAU-USP: tese de doutorado, 2016.
XAVIER, Alberto (organização). Depoimento de uma geração: Arquitetura moderna brasileira. São Paulo; Cosac & Naify, 2003, p. 113.
XAVIER, Alberto, BRITO, A. e NOBRE, A, L. Arquitetura moderna no Rio de Janeiro. Rio Arte: Fundação Vilanova Artigas, São Paulo, Brasil, Editora Pini, 1991.
XAVIER, Alberto; LEMOS, Carlos; CORONA, Eduardo. Arquitetura Moderna Paulistana. São Paulo: Pini, 1983.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O detentor dos direitos autorais é o autor do artigo. A revista exige apenas o ineditismo na publicação do artigo. O autor tem do direito de divulgar seu artigo conforme sua conveniência devendo citar a revista.
DIADORIM - Diretório de Políticas Editoriais