O espaço como remediação da metáfora do personagem: uma provocação narrativa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfauusp.2022.171043Palabras clave:
Poéticas, Close reading, Videogame, JourneyResumen
Nos jogos digitais, o prazer da navegação pode ser interpretado como uma das características do agenciamento, e pode se explorado como recurso para potencializar a imersão do jogador. Assim como todos os elementos de um jogo, que são orquestrados por uma narrativa, o espaço pode ser projetado de maneira a influenciar nesse processo de imersão, possibilitando tanto a imediação como a hipermediação, quando há momentos de transparência e opacidade do meio, respectivamente. Nesse contexto, este artigo analisa o espaço do jogo como uma remediação da metáfora do personagem o que fomenta a agência dos jogadores, provocando o engajamento dos mesmos. Por meio das poéticas de narrativa, remediação e agência, o jogo digital Journey é analisado pelo método close reading. Os resultados sugerem que o espaço como metáfora do personagem permite que o jogador estabeleça um diálogo com o espaço, o qual, juntamente como o prazer da navegação, sustenta a imersão. Por fim, argumenta-se que a imersão alicerça a transparência do meio, provocando o engajamento dos jogadores.
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