A dimensão afetiva do espaço construído: vendo a casa pelos olhos da poesia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i25p118-133Palavras-chave:
Imaginário, casa, poesia no BrasilResumo
O objetivo deste trabalho é seguir as imagens do espaço de morar por meio da poesia no Brasil, propondo um recorte temporal diferenciado: do parnasianismo de Luis Guimarães Junior ao modernismo em Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Cecília Meireles e à contemporaneidade de Adélia Prado, Ferreira Gullar e Manoel de Barros. O ver a arquitetura pela visão da poesia reabre a possibilidade de, pela experiência estética e a ferramenta do imaginário, ser possível articular saberes, construir identidades e (re)configurar a relação de distância entre o observador e o objeto da arte. Por intermédio da poesia nos deparamos com uma dimensão que é, antes de tudo, emotiva e sensível. Plena de afeto, a arquitetura, é sim, terreno poético. Tão indelével quanto a concretude e a materialidade do espaço físico e suas qualidades mensuráveis e físicas. O universo da poesia está disponível à leitura tanto quanto o da arquitetura. E essa releitura se reveste de importância quando consideramos a necessidade de, na contemporaneidade, colocarmo-nos como sujeitos na história, diante de uma produção artística em um mundo globalizado, mas não universal.Downloads
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