Análise dos modos de Figurativização e Tematização do Maracatu do Baque Solto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v11i1pe00112006Palavras-chave:
Folclore, Cultura, Maracatu, SemióticaResumo
Este artigo se dedica a analisar os modos de figurativização e tematização do Maracatu do Baque Solto, ou Rural, com foco na apresentação do grupo mais tradicional dessa expressão cultural, a Cambinda Brasileira. Com mais de cem anos de história no Engenho do Cumbe em Nazaré da Mata, ela é uma referência na folia de Maracatu. Utilizando a abordagem da semiótica francesa como método analítico, o artigo investiga como a Cambinda Brasileira constrói seus significados e representações através de elementos como gestos, roupas, objetos, movimentos e discursos. Além disso, destaca a importância de aprofundar os estudos folclóricos, especialmente em relação a expressões culturais marginalizadas e subalternizadas pela classe dominante, como é o caso do Maracatu do Baque Solto. Sobretudo, através da análise semiótica, é possível compreender melhor a relação entre a Cambinda e a construção do que é chamado “cultura brasileira", permitindo maior valorização e preservação dessa manifestação cultural única.
Downloads
Referências
ANDRADE, Mário. de. Aspectos do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global, 2019.
ARAÚJO, Alceu M.. Folclore nacional II: Danças recreação e música. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 2005. p. 88
BARTHES, Roland. A retórica da imagem. In: O óbvio e o obtuso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 27-43.
BARTHES, Roland. A aventura semiológica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
BERTRAND, Denis. Narratividade. In: Caminhos da semiótica literária. Bauru, São Paulo: EDUSC, 2003. p. 265-356.
BLIKSTEIN, Izidoro. Semiótica e Totalitarismo. São Paulo: Contexto, 2020.
CANCLINI, Néstor García. La globalización: productora de culturas híbridas. 2000.
CASCUDO, Luiz da Câmara. Notas sobre o Catimbó. Novos Estudos Afro-Brasileiros. Recife: FUNDAJ, Editora Massangana, 1988.
CASCUDO, Luiz da Câmara. Literatura Oral no Brasil. São Paulo: Global, 2006.
DA SILVA, Severino Vicente. Criatividade e liberdade nos brinquedos populares da Mata Norte, PE. Recife: Palestra no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco.
LIMA FILHO, Jailto Luis Chaves de. Da Oralidade à Escrita: uma leitura semiótica de narrativas tradicionais populares. 2013. 88 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.
DE OLIVEIRA, Jaqueline. Guerra, perré e outras manobras: uma etnografia da dança do caboclinho pernambucano. Dança: Revista do Programa de Pós-Graduação em Dança, v. 3, n. 1, 2014.
DE SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Editora Cultrix, 2008.
DE SENA, José Roberto Feitosa; GONÇALVES, Antonio Giovanni Boaes. “Que baque é esse?”: notas para um debate em torno das “origens” e da “manutenção da tradição” nos maracatus de baque solto. 2012.
VIEIRA, Marcilio de Souza. Corpo e gestualidade nos pastoris potiguar. ERAS: European Review of Artistic Studies, v. 1, n. 2, p. 16-33, 2010.
FILHOS da terra, 2018. 1 vídeo (25 mim). Publicado no canal Photo Agência.
FIORIN, José Luiz. Figuras de Retórica. São Paulo: Contexto, 2021.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2018. p. 126.
FIORIN, José Luiz. Em busca do sentido: estudos discursivos. In: FIORIN, José Luiz (org.) Enunciação e Semiótica. São Paulo: Contexto, 2008. p. 15-35.
HJELMSLEV, Louis. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Editora Perspectiva, 2019
JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. Editora Cultrix, 2008.
JAKOBSON, Roman. O Dominante. Rebeca-Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, v. 3, n. 2, p. 9, 2014.
JAKOBSON, Roman. Rumo a uma ciência da arte poética. In: TODOROV, Tzvetan. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Tradução: Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora Unesp, p. 7-12, 2013.
LARANJEIRA, Carolina Dias. Uma dança de estados corporais a partir do samba do Cavalo Marinho: corporalidades e dramaturgias da brincadeira em diálogo com o processo de criação de Cordões. 2013.
LOPES, Edward. A Identidade e a Diferença: Raízes Históricas Das Teorias Estruturais Da Narrativa. São Paulo: Edusp, 1997.
NETO, Olimpio Bonald.. Os caboclos de lança–azougados guerreiros de Ogum. Antologia do Carnaval do Recife, p. 279-295, 1991.
PINTO, Clécia Moreira. Saravá Jurema Sagrada: as várias faces de um culto mediúnico. 1995. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
PRADO, J. B. T.; MAGALHÃES, Marcela Ulhôa Borges. A estrutura da função poética. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v.13, n.1, 2015, p. 121-15.
SALLES, Sandro Guimarães de. A sombra da Jurema encantada: mestres juremeiros na umbanda de Alhandra. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010.
SILVA, Talita Maria Araújo; DOS SANTOS, Valeria Veronica; DE ALMEIDA, Argus Vasconcelos. Etnobotânica histórica da jurema no Nordeste brasileiro. Etnobiología, v. 8, n. 1, p. 1-10, 2010.
UOL. Cambinda do Cumbe: brinquedo centenário.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Raissa D Aquila Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autorizo a Primeiros Estudos - Revista de Graduação em Ciências Sociais a publicar o trabalho (Artigo, Resenha ou Tradução) de minha autoria/responsabilidade, assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação on-line.
Concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade e me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado e atesto o ineditismo do texto enviado.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.