Breve comparação entre modos de criatividade melanésios e euro-americanos seguida de sugestões de modos ameríndios de criação

Autores

  • Camila Galan de Paula Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i1p07-26

Palavras-chave:

modos de criatividade, xamanismo, tradução, modos de conhecimento, comparação

Resumo

Este artigo tem por preocupação principal apresentar a proposição elaborada por James Leach sobre a existência de diferentes modos de criatividade em contextos distintos, baseando-se em sua definição alargada de criatividade. Com bases nessas proposições, buscaremos sugerir modos ameríndios de criatividade tomando como referência o artigo de Patrícia Rodrigues sobre a concepção javaé de criação e sua ênfase nas misturas entre princípios femininos e masculinos. Depois, seguindo caminhos mais tortuosos, gostaríamos de sugerir que o xamanismo amazônico como técnica de construção de conhecimento, de comunicação e de tradução é também um modo ameríndio de criatividade, conforme sugerido pelos próprios autores em que nos baseamos. Tal modo de concepção e prática da criatividade entre populações ameríndias necessita da alteridade para a realização da criação. Nesse sentido, extrapolamos a ideia de que o xamã seja o mediador/criador por excelência nas socialidades sul-americanas, e propomos que os modos de criatividade nessa região sejam pensados como inseridos no que se convencionou denominar “predação ontológica”. Nosso intuito principal é o de aproximar a noção de modos de criatividade proposta por Leach do debate sobre o americanismo tropical.

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Biografia do Autor

  • Camila Galan de Paula, Universidade de São Paulo
    Estudante do 4º ano do bacharelado em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) c.galan.depaula@gmail.com

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Publicado

2011-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Breve comparação entre modos de criatividade melanésios e euro-americanos seguida de sugestões de modos ameríndios de criação. (2011). Primeiros Estudos, 1, 07-26. https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i1p07-26