Las Calles son nuestras (y las imágenes, también)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2023.211316Palavras-chave:
Feminismo, Photography, Performance, Visual Studies, AbortionResumo
Este artigo aborda uma série de imagens realizadas por coletivos fotográficos e fotógrafas ativistas, das mobilizações que ocorreram na Argentina desde o surgimento da onda feminista em 2015 e em torno da reivindicação pela lei do aborto seguro, legal e gratuito sancionada em 2020. Numa perspectiva teórico-crítica mas também a partir da experiência de participação no grupo de ativistas Ni Una Menos, explora-se a visualidade feminista como forma de representação e visibilidade da maré no espaço público, e igualmente como ferramenta de auto- representação que se liga à massificação do movimento no novo milênio, ocupação de ruas e intervenção digital, pequenas e grandes interrupções na narrativa patriarcal. A hipótese nodal é a de que o feminismo se constitui como um aparato de inteligibilidade, ou seja, como um modo de falar e produzir imagens, de ler e ver o mundo. Esta relação entre palavra e imagem implica também uma intervenção político-estética, que faz uso estratégico da performatividade e implica uma forma distinta de construir o presente e o futuro.
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