Os “Quijote negros”: crise de identidade e o reflexo de ser o outro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2025.232989Palavras-chave:
cinema, memória, identidade, quixotes, negros, literaturaResumo
Este manuscrito aborda uma análise do filme Quijotes negros, do diretor Sandino Burbano, que, por meio do percurso de dois personagens, nos convida a realizar um exercício de introspecção e a nos questionarmos sobre nossa identidade, encontrando no outro um sinal de sobrevivência. Entre personagens da literatura universal e a idiossincrasia — característica muito marcada da América Latina, e, claro, do Equador —, revela-se ainda esse apego e ressentimento colonial que, sem dúvida, é perceptível nas dinâmicas sociais do nosso cotidiano e que torna ainda mais complexo o esforço de nos entendermos a partir dos conceitos que nos constroem, mas contra os quais também lutamos. Naturalmente, este filme rompe com as lógicas alienantes, convidando os espectadores a refletirem e se surpreenderem, a entrarem em uma atmosfera onírica e a olharem para, em e desde essa periferia, para contemplar essa realidade deformada: esse espelho que nos limita e nos alimenta diariamente, onde se combinam elementos excessivos e díspares para montar o quebra-cabeça de nossa identidade e memória, com os resquícios — ou não — da colonização.
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