A Consciência Como Fruto da Evolução e do Funcionamento do Sistema Nervoso

Autores

  • Alexandre de Campos Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Fisiología.
  • Andréa M. G. dos Santos Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Fisiología.
  • Gilberto F. Xavier Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Fisiología.

DOI:

https://doi.org/10.1590/psicousp.v8i2.107594

Palavras-chave:

Consciência. Sistema nervoso. Memória. Distúrbios cerebrais. Percepção.

Resumo

Percepções, individualidade, linguagem, idéias, significado, cultura, escolha, moral e ética, todos existem em decorrência da evolução e do funcionamento do sistema nervoso. Teme-se, por vezes, que a concepção da consciência como resultado de um processo biológico corresponda a uma “profanação do espírito humano” com conseqüente abandono do comportamento moral e ético. Na verdade, ao se investigar a consciência como fenômeno natural e não místico, ampliam-se nossas possibilidades de entendê-la, com ganhos científicos, teóricos e sociais, além dos éticos e morais. Discute-se como a evolução por seleção natural e a organização biológica do sistema nervoso permitem explicar as bases da individualidade, da intencionalidade, de representações simbólicas e do significado. Fenômenos observados em pacientes com danos neurológicos reforçam a concepção de funcionamento modular do sistema nervoso; a consciência não seria uma propriedade exclusiva de um módulo único do sistema nervoso, mas fruto do funcionamento sincrónico de diferentes módulos.

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Publicado

1997-01-01

Edição

Seção

A Consciência numa perspectiva biológica

Como Citar

A Consciência Como Fruto da Evolução e do Funcionamento do Sistema Nervoso. (1997). Psicologia USP, 8(2), 181-226. https://doi.org/10.1590/psicousp.v8i2.107594