A santa, o mar e o navio: congada e memórias da escravidão no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.102111Palavras-chave:
Congada, memória social, transmissão de conhecimento, segredo, afro descendênciaResumo
Neste artigo a autora descreve e analisa mecanismos e processos mnemônicos desenvolvidos por um dos dançadores mais dedicados da festa da congada de São Sebastião do Paraíso, MG. A congada constitui festa afrodescendente que, a partir da Igreja Católica, rememora ritualística e performaticamente, por meio da homenagem a uma corte negra, uma África ancestral contraposta às emoções de dor e sofrimento atribuídas à escravidão. Em sua concretização, memórias, valores e padrões culturais africanos puderam ser preservados e (re)criados no Brasil. Esse texto tem como fulcro analisar processos de rememoração e criação de práticas religiosas, que ao longo de largo período de tempo, se mantiveram relativamente secretas enquanto forma de conhecimento que identificam e hierarquizam atores sociais nesta festa.
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