A artificação da cultura: a economia da arte e o consumo da cultura no Musée du quai Branly
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.137317Palavras-chave:
Museu, mercado, artes primeiras, artificação, Musée du quai BranlyResumo
O artigo resulta da investigação da cadeia museológica que leva à consagração das “artes primeiras” no Musée du quai Branly. Concebido para neutralizar o valor cultural dos objetos nos seus contextos precedentes à entrada para o mercado europeu, o quai Branly, como um museu de arte, vem se voltando quase que exclusivamente para o mercado de arte e para os colecionadores ao constituir a sua coleção. Tal neutralidade cultural, que se dá pelo processo de silenciamento histórico, é construída por uma museologia da artificação na qual os objetos são elevados ao estatuto de “obras de arte” no processo circular que vai do museu ao mercado e vice-versa. Nas “artes primeiras”, a “obra” é o produto de uma tradução cultural por meio da qual elementos de outras culturas são interpretados como arte para poderem transitar como mercadorias no contexto internacional.Downloads
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