A artificação da cultura: a economia da arte e o consumo da cultura no Musée du quai Branly

Autores

  • Bruno Brulon Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.137317

Palavras-chave:

Museu, mercado, artes primeiras, artificação, Musée du quai Branly

Resumo

O artigo resulta da investigação da cadeia museológica que leva à consagração das “artes primeiras” no Musée du quai Branly. Concebido para neutralizar o valor cultural dos objetos nos seus contextos precedentes à entrada para o mercado europeu, o quai Branly, como um museu de arte, vem se voltando quase que exclusivamente para o mercado de arte e para os colecionadores ao constituir a sua coleção. Tal neutralidade cultural, que se dá pelo processo de silenciamento histórico, é construída por uma museologia da artificação na qual os objetos são elevados ao estatuto de “obras de arte” no processo circular que vai do museu ao mercado e vice-versa. Nas “artes primeiras”, a “obra” é o produto de uma tradução cultural por meio da qual elementos de outras culturas são interpretados como arte para poderem transitar como mercadorias no contexto internacional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2017-09-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Brulon, B. (2017). A artificação da cultura: a economia da arte e o consumo da cultura no Musée du quai Branly. Revista De Antropologia, 60(2), 460-486. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2017.137317