Dossiê Terror e intimidade: perspectivas etnográficas e desafios conceituais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.192535

Palavras-chave:

Terror, Intimidade, Etnografia

Resumo

O dossiê que agora trazemos a público nasceu de um conjunto de inquietações que, ancoradas em diferentes campos etnográficos, entrecruzam-se em nossas reflexões. Em outubro de 2021, propusemos para o 45º Encontro Anual da Anpocs uma mesa-redonda com o mesmo nome do atual dossiê. Compunham a mesa como expositores Adriana Vianna, Angela Facundo e Roberto Efrem Filho, e, como debatedor, Gabriel Feltran. Na ocasião, demos os primeiros passos para adensar questões que queríamos enfrentar sobre as eventuais conexões entre terror e intimidade. Interessava- nos, por um lado, refletir em que medida as práticas de terror extraem sua força e sua eficácia justo da capacidade de se imiscuírem nas relações ou nas experiências de intimidade, impedindo ou desestimulando alternativas de resistência. E, por outro lado, de que forma regimes e dispositivos de poder são caracterizados como estando de algum modo no campo do terror – e não simplesmente da força ou da violência – justo por sua capacidade de tocar regiões de intimidade, seja nos limites do corpo, do espaço doméstico ou da subjetividade.

Downloads

Biografia do Autor

  • Adriana Vianna, Universidade Federal do Rio de Janeiro | Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Adriana Vianna é professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional – UFRJ. É bolsista de produtividade do CNPq, nível 2. Tem se dedicado a pesquisar e orientar trabalhos voltados às relações entre violência, política, processos de Estado, gênero e família.

  • Angela Facundo Navia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte |Natal, RN, Brasil

    Angela Facundo é professora do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pesquisa sobre fronteiras da nação, relações étnico-raciais e de gênero, práticas de estado, produção social das desigualdades, migrações e deslocamentos

  • Roberto Efrem Filho, Universidade Federal da Paraíba |Santa Rita, PB, Brasil

    Roberto Efrem Filho é professor associado do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba e professor permanente do Programa de Pós- -Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco. Concluiu doutorado em Ciências Sociais junto à Universidade Estadual de Campinas e mestrado e graduação na Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco.

Referências

Araújo, Fabio. 2014. Das Técnicas de Fazer Desaparecer Corpos: Desaparecimentos, violência, sofrimento e política. RJ: Lamparina

Das, Veena. 2020 (2007) Vida e Palavras. A violência e a descida ao ordinário. SP: Unifesp

Das, Veena. 2020. Textures of the Ordinary. Doing Anthropology after Wittgenstein. Fordham University Press.

Efrem Filho, Roberto. 2017. Os Meninos de Rosa: sobre vítimas e algozes, crime e violência. Cadernos Pagu (51)

Facundo, Angela. 2017. Êxodos, refúgios e exílios. Colombianos no sul e sudeste do Brasil. RJ: Papéis Selvagens

Feltran, Gabriel. 2011. Fronteiras de Tensão: Política e violência nas periferias de São Paulo. SP: Unesp

Taussig, Michael. 1987. Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem. Um estudo sobre o terror e a cura. São Paulo: Paz e Terra

Taussig, Michael. 1993. Mimesis and Alterity: a particular history of the senses. New York/London, Routledge.

Vianna, Adriana e Farias, Juliana. 2011. A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional. Cadernos Pagu (37)

Downloads

Publicado

2024-10-14

Edição

Seção

Dossiê Terror e intimidade: perspectivas etnográficas e desafios conceituais

Como Citar

Vianna, A., Facundo Navia, A., & Efrem Filho, R. (2024). Dossiê Terror e intimidade: perspectivas etnográficas e desafios conceituais. Revista De Antropologia, 67. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.192535