Quando a Cultura é Política: Teatros Negros e Políticas Culturais no final do século XX e início do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2023.202290Palavras-chave:
Teatros negros, movimentos negros, transição democrática no Brasil, políticas culturaisResumo
Neste artigo, evidencio algumas trajetórias dos teatros negros brasileiros, com foco em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, no período entre a ditadura civil-militar na década de 1970 e a primeira década dos anos 2000, analisando a centralidade da articulação entre cultura e política que possibilitou sua expansão contemporânea. Ao longo desse período, enquanto a reorganização dos movimentos negros pavimentava o caminho para incidir nas políticas do Estado brasileiro e conquistava avanços na Constituição de 1988, os teatros negros passaram por transformações e atuaram nas políticas culturais, conquistando maiores possibilidades materiais, estéticas e técnicas, porém ainda enfrentando os obstáculos persistentes impostos pelo racismo no país. Para realizar esta análise, mergulho na bibliografia pertinente ao tema e na Revista Legítima Defesa, uma publicação desenvolvida pelo grupo paulista de teatro negro Cia. Os Crespos, com o qual dialoguei ao longo de minha pesquisa de mestrado.
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