Entre a proteção e a exploração, a caça
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.227910Palavras-chave:
caça, humanos e animais, crise ecológicaResumo
Trata-se de um resenha crítica da obra recente de Charles Stépanoff, L'animal et la mort: chasses, modernité et crise du sauvage, que investiga os fundamentos das relações modernas dispensadas aos animais e à natureza em geral. Essas relações são sintetizadas pelo autor em duas atitudes polares com o mundo selvagem: a proteção e a exploração. Entretanto, uma atividade se coloca de maneira embaraçosa entre esse polos: a caça. L'animal et la mort se dedica a uma mergulho analítico sobre a caça praticada no interior da França por populações rurais e caçadores regulares que visitam a região, e descreve aspectos da ecologia e da ética, dos fundamentos cosmológicos e políticos da atividade. O antropólogo adiciona à essa etnografia uma história de longa duração sobre as percepções e atitudes em relação à caça, abordando a filosofia, sociologia e política da caça na França e na Europa ao longo da era moderna. Ao fim, emerge uma distinção elucidativa entre tratamentos dispensados aos animal e seus fundamentos cosmopolíticos, assim como um caracterização dos alicerces da nossa atual crise ecológica.
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Referências
Stépanoff, Charles. 2021. L’animal et la mort : chasses, modernité et crise du sauvage. Paris : La découverte. – (Sciences sociales du vivant).
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