Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-77012009000100004Palavras-chave:
Amazônia, intelectuais indígenas, antropologia cruzadaResumo
Se o pensamento selvagem opera com princípios e categorias radicalmente distintos do pensamento técnico-científico ocidental, o que nos têm a dizer os"intelectuais da floresta" sobre temas tratados pela Ciência, pelo Cristianismo, pelo Estado? O que pensam os índios, com suas balizas epistemológicas, sobre os fatos sociais em suas próprias culturas e sobre aqueles concernentes à nossa sociedade? As páginas a seguir são uma tentativa de observação desta"antropologia cruzada", de como nossas teorias são captadas e traduzidas pelas teorias daqueles que sempre foram mantidos na condição de observados pela antropologia. Este texto é ainda a base para um programa de encontros entre intelectuais indígenas provenientes de diferentes cantos e contextos etnográficos da Amazônia brasileira para a troca de idéias, conceitos, narrativas e teorias nativas. Por fim, os autores deste artigo lançam mão de alguns episódios etnográficos que exemplificam e corroboram a ação antropológica indígena ancorada em parâmetros conceituais distintos daqueles praticados pelas ciências, servindo como fonte e estímulo à exploração de uma"etnoantropologia".Downloads
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