O nascimento da Palavra: linguagem, força e autoridade ritual mapuche

Autores

  • Magnus Course Universidade de Edinburgh

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39648

Palavras-chave:

Mapuche, Clastres, linguagem, força, autoridade ritual.

Resumo

Este artigo procura abordar os papéis de sacerdote, chefe e xamã – todos presentes no ngillatun, ritual de fertilidade mapuche – da perspectiva de seus modos diferenciais de travar relações por meio da linguagem. A linguagem, conforme entendida pelos Mapuche do meio rural chileno, não emerge exclusivamente das intenções de falantes individuais, mas igualmente da força (newen) constitutiva da totalidade do ser. Sacerdotes, chefes e xamãs recorrem à fala para alinhar-se a essa força, que por meio deles se atualiza. Uma tal observação lança nova luz sobre o entendimento de Clastres quanto à relação entre chefia e linguagem. Se, acompanhando os Mapuche, enfatizamos as qualidades indexicais da linguagem, em detrimento das simbólicas, vemos que se torna um tanto problemático analisar a linguagem dos chefes em conformidade com um modelo de “troca”, como faz Clastres.

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Publicado

2012-08-24

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Course, M. (2012). O nascimento da Palavra: linguagem, força e autoridade ritual mapuche. Revista De Antropologia, 54(2). https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.39648