Arquitetos e engenheiros da capital: embates da formação profissional no campo da construção civil e do urbanismo nas primeiras décadas da República
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.20.2024.211492Palavras-chave:
Engenharia, Arquitetura, Educação, Profissionalização, Primeira RepúblicaResumo
A arquitetura e urbanismo e a engenharia civil são áreas profissionais que possuem atividades correlatas e que adquiriram reconhecimento e prestígio ao longo do tempo. A partir da problematização de como essas áreas alçaram importância social, este artigo busca demonstrar um exame de parte do processo de consolidação dessas profissões, considerando as relações que estabeleceram entre si e o papel do governo nas décadas iniciais da República. Para tal, são apontadas, com base nas fontes, as transformações ocorridas na Polytechnica e na Escola Nacional de Bellas Artes, instituições pioneiras em engenharia e arquitetura e que se localizavam na antiga Capital Federal no Rio de Janeiro. A fim de elucidar esse processo, fez-se uso do aporte teórico bourdiesiano e de suas noções de campo e capitais simbólicos. Desta maneira, propõe-se a compreensão de que houve, no interior do campo da construção civil e do urbanismo, embates em torno de capitais simbólicos no contexto das reformas educacionais e urbanas engendradas pelo governo republicano. Concluiu-se que esta dinâmica foi significativa para o processo de afirmação social das duas profissões em questão.
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