Poesia e história em Walter Benjamin: do poetificado ao poema como mônada

Autores

  • Rafael Zacca Fernandes Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i15p14-31

Palavras-chave:

Walter Benjamin, Charles Baudelaire, Filosofia da história, Filosofia da arte, Modernidade

Resumo

O presente artigo pretende fornecer uma leitura de dois conceitos que estão em textos da juventude e da maturidade de Walter Benjamin e que permitem estabelecer uma relação produtiva de análise de poemas e de períodos históricos, a saber: o de “poetificado” [das Gedichtete], tal como aparece no texto sobre Friedrich Hölderlin, na primeira metade da década de 1910; e o de “mônada”, segundo a sua reformulação na fase materialista, contemporâneo à escrita do ensaio sobre Charles Baudelaire, no final da década de 1930. A hipótese sustentada aqui é que a legibilidade de uma continuidade entre os dois conceitos é possível a partir de um terceiro conceito, não descrito pelo próprio Benjamin, mas dedutível de seu trabalho, que poderíamos nomear como “inconsciente poético”.

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Biografia do Autor

  • Rafael Zacca Fernandes, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

    Professor do departamento de filosofia da PUC-Rio

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Publicado

2021-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fernandes, R. Z. . (2021). Poesia e história em Walter Benjamin: do poetificado ao poema como mônada. Rapsódia, 1(15), 14-31. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i15p14-31