Poética das ruínas e modernidade: acerca de alguns fragmentos da crítica de arte de Denis Diderot sobre Hubert Robert
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i17p42-64Palavras-chave:
Diderot, Robert, Ruínas, ModernidadeResumo
Esse artigo apresenta algumas reflexões sobre a crítica de arte de Denis Diderot relativa ao pintor Hubert Robert (1733-1808). Partindo de algumas considerações quanto ao sentido da emergência do motivo pictórico da ruína no século XVIII, a autora propõe uma análise de alguns excertos sobre o pintor, contidos no Salão de 1767; ao mesmo tempo, apresenta a tradução de um florilégio dos fragmentos sobre Robert, analisando-os. Ao cabo da reflexão, a autora conclui que a “poética das ruínas” de Diderot se inscreve na ruptura com alguns dos mais importantes preceitos da estética clássica, na medida em que questiona o ideal iluminista que, confiante no progresso, via, na arte, um meio para instruir e elevar moralmente. Nesse sentido, a crítica de Diderot a Robert pode ser considerada moderna.
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