Inteligência artificial como phármakon: a arte algorítmica entre o remédio e o veneno

Autores

  • Giselle Beiguelman Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i17p161-174

Palavras-chave:

Inteligência artificial, Mundo vegetal, Drogas, Linguagem natural, Antropocentrismo

Resumo

Este ensaio visual apresenta imagens da série Venenosas, Nocivas e Suspeitas, de minha autoria e em processo. Desenvolvida com recursos de inteligência artificial, a série foca plantas proibidas pelo processo “civilizador” colonial devido ao seu uso em rituais sagrados e poderes alucinógenos e afrodisíacos, contradizendo o cânone do homem branco europeu idealmente moral e fisicamente superior. O projeto aborda criticamente os modelos baseados na chamada Linguagem natural, que criam imagens a partir de textos e outras imagens em um processo quase intersemiótico de tradução. O título da obra é emprestado de um manual científico do século XIX, publicado na Inglaterra pela Sociedade Científica Cristã, de autoria de Anne Pratt (1857). Por meio do contraponto entre veneno e remédio, que constituem a ambivalência do phármakon, questiona-se como a inteligência artificial reforça pressupostos colonialistas e antropocêntricos, ao mesmo tempo em que abre possibilidades para novas alteridades entre humanos e não humanos.

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Biografia do Autor

  • Giselle Beiguelman, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Artista e professora na FAU-USP.

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Publicado

2023-12-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Beiguelman, G. (2023). Inteligência artificial como phármakon: a arte algorítmica entre o remédio e o veneno. Rapsódia, 1(17), 161-174. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i17p161-174