A estética do sublime segundo Lyotard: a tensão entre prazer e dor
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i18p52-70Palavras-chave:
Lyotard, Sublime, Estética, NewmanResumo
Este artigo pretende analisar como a dualidade entre prazer e dor constitui o sentimento do sublime, no interior das considerações estéticas de Jean-François Lyotard. Com base em O inumano e em O pós-moderno explicado às crianças, destacamos a especificidade do vínculo entre as vanguardas pictóricas e o sublime na constituição da noção lyotardiana de “estética da presença material”. Assim, segundo as concepções sobre o sublime expressas por Edmund Burke e por Immanuel Kant, Lyotard mostra-nos que tal sentimento povoou o imaginário das artes do século XIX e XX, de sorte que a empreitada sobre “presentificação do impresentificável” teria despontado de maneira singular. No entanto, é sobretudo a partir de Barnett Newman, que o sublime, tal como interpretado por Lyotard, adquire os contornos próprios da imbricação entre determinada fruição estética e a pergunta sobre o acontecimento.
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