Exposição a hidroquinona e ao fenol sobre a resposta inflamatória pulmonar induzida por bactéria

Autores

  • Alexandre Ferreira Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas; Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas
  • Sandra Manoela Dias Macedo Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões; IIDepartamento de Ciências da Saúde
  • Ana Paula Ligeiro-Oliveira Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões; Instituto de Ciências Biomédicas; Departamento de Farmacologia
  • Wothan Tavares de Lima Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões; Instituto de Ciências Biomédicas; Departamento de Farmacologia
  • Sandra Helena Poliselli Farsky Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas; Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas
  • Fernando Rodrigues Coelho Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões; Instituto de Ciências Biomédicas; Departamento de Farmacologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1516-93322007000300014

Palavras-chave:

Benzeno, Hidroquinona, Fenol, Inflamação pulmonar, Lipopolissacarídeo (LPS) de Salmonella abortus

Resumo

A gravidade dos efeitos causados pela exposição ambiental e ocupacional ao benzeno determinou o controle de sua utilização. No entanto, mesmo nestas condições, toxicidade ao sistema imune e nervoso tem sido descrita. A toxicidade do benzeno é determinada pelos seus produtos de biotransformação, em que fenol (FE) e hidroquinona (HQ) têm papel relevante na imunotoxicidade. Neste contexto, o presente trabalho mostra que a exposição de ratos Wistar, machos, a doses de 5 ou 10 mg/kg de HQ (via i.p., uma vez ao dia, 13 doses consecutivas, com intervalos de 2 dias a cada 5 doses) provocou reduções acentuadas no influxo de leucócitos polimorfonucleares (PMN) e mononucleares (MN) para o pulmão 24 horas após inalação de Lipopolissacarídeo (LPS) de Salmonella abortus. Diferentemente, a migração de leucócitos em animais expostos ao FE não foi alterada. A exposição a ambos os agentes químicos simultaneamente (dose de 5 mg/kg cada) manteve a redução na migração de MN detectada em animais expostos à HQ e potencializou o efeito inibitório da HQ sobre a migração de leucócitos PMN. Os prejuízos nas migrações de leucócitos não foram decorrentes de modificações no número destas células na circulação. É importante ressaltar que os efeitos foram induzidos por doses dos agentes químicos que não causaram prejuízo à função hepática ou renal, determinados pela atividade das transaminases hepáticas e a concentração de creatinina no soro. Em conjunto, os dados obtidos mostram a exposição a baixas doses de HQ não provoca alterações nos parâmetros empregados como indicadores de toxicidade. No entanto, os efeitos tóxicos são manifestados resposta do organismo ao trauma.

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Publicado

2007-09-01

Edição

Seção

Trabalhos Originais

Como Citar

Exposição a hidroquinona e ao fenol sobre a resposta inflamatória pulmonar induzida por bactéria. (2007). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 43(3), 455-464. https://doi.org/10.1590/S1516-93322007000300014