Prevalência de baixos níveis de força muscular e fatores associados em adolescentes de uma cidade do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/1807-5509201900010115Palavras-chave:
Dinamômetro de Força Muscular, Epidemiologia, Estudos Transversais, Força da Mão, Saúde PúblicaResumo
A força muscular é necessária para realização de atividades diárias, sendo considerada marcador de saúde global. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de baixos níveis de força de preensão manual (FPM) em adolescentes e verificar fatores (sociodemográficos, estilo de vida e status de peso) correlatos. A população de escolares da cidade de São José, SC, Brasil, era formada por 5.182 estudantes. Para o presente estudo
de base escolar e delineamento transversal, 923 adolescentes de 14 a 19 anos de idade foram avaliados. Analisou-se a FPM por meio de dinamometria manual e protocolo proposto pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício cujo ponto de corte para baixos níveis de força é ≤ 53,0 kgf para meninas e ≤ 83,0 kgf para meninos. As variáveis independentes analisadas foram idade, escolaridade paterna e materna, renda
familiar, atividade física, tabagismo, hábitos alimentares e status de peso. Utilizou-se teste T de Student, U de Mann-Whitney e regressão logística binária para estimar as razões de chances e intervalos de confiança de 95%. A prevalência de baixos níveis de FPM foi de 59,7% nas meninas e 66,3% nos meninos. As meninas que não faziam ingestão de bebidas alcoólicas em excesso e eutróficas, e os meninos cujas mães estudaram
até oito anos e de renda baixa foram os subgrupos com maiores chances de baixos níveis de força de FPM. Esforços para aumentar os níveis de FPM devem ser focados nas meninas com status do peso normal e meninos cujas mães têm menor escolaridade e renda. Futuros inquéritos com delineamento longitudinal devem ser propostos para identificar preditores dos baixos níveis de força muscular em adolescentes.
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