Limitações e possibilidades institucionais: a formação inicial em Educação Física - Licenciatura

Autores

  • Camila Rinaldi Bisconsini Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Educação Física, Maringá, PR, Brasil.
  • Juliana Pizani Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Educação Física, Florianópolis, SC, Brasil.
  • Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Educação Física, Maringá, PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509202000040735

Palavras-chave:

Educação Física, Formação docente, Ensino, Escola

Resumo

O objetivo foi verifi car quais limitações enfrentam professores e acadêmicos de um curso de licenciatura em educação física para aproximar universidade e escola ao longo da formação inicial, bem como as possibilidades para integrar estas instituições e contribuir para a imersão dos futuros professores na
educação básica. É uma pesquisa qualitativa e descritiva que se deu a partir do estudo de caso em uma universidade pública do estado do Paraná, com 18 docentes e 41 egressos da licenciatura em educação física. Todos participaram de uma entrevista semiestruturada, cujo conteúdo foi investigado por meio da análise de conteúdo com suporte do software NVivo 10. A perspectiva apresentada revela que as barreiras institucionais, para qualifi car a formação inicial por meio de atividades pedagógicas integradas ao ambiente escolar, são mais expressivas do que as possibilidades existentes para estreitar a comunicação entre os níveis de ensino básico e superior. Mesmo assim, nenhum dos registros mostrou radicalidade; apesar das barreiras expostas, os professores se mostram predispostos a propor ou incorporar propostas formativas mais próximas da realidade interventiva dos professores de educação física que atuam no cenário escolar.

Downloads

Referências

Bourdieu P, Passeron JC. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis (RJ): Vozes; 2014.

Felício HMS, Oliveira RA. A formação prática de professores no estágio curricular. Educar Rev. 2008;1(32):215-232.

Martiny LE, Gomes-da-Silva PN. “O que eu transformaria? Muita Coisa!”: os saberes e os não saberes docentes presentes no estágio supervisionado em educação física. J Phys Educ. 2011;22(4):569-581.

Montiel FC, Pereira FM. Problemas evidenciados na operacionalização das 400 horas de estágio curricular supervisionado. J Phys Educ. 2011;22(3):421-432.

Antunes AC. A dimensão prática na preparação profissional em educação física: concepção e organização acadêmica [tese]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física; 2012.

Real GCM. A prática como componente curricular: o que isso significa na prática? Educação e Fronteiras OnLine. 2012;2(5):48-62.

Silva SAPS, et al. Atividades acadêmico-científico-culturais na formação profissional de educação física. Motriz. 2012;18(1):92-103.

Téo CE. Estágio curricular supervisionado como campo de pesquisa na formação inicial do professor de educação física da UEL [dissertação]. Londrina(PR): Universidade Estadual de Londrina, Centro de Educação, Comunicação e Artes; 2013.

Araujo RAS, Leitinho MC. Reflexões sobre a prática como componente curricular do curso de licenciatura em educação física da universidade federal do maranhão. Motrivivência. 2014;26(43):89-103.

Clates DM, Günther MCC. O PIBID e o percurso formativo de professores de educação física. Motrivivência. 2015;27(46):53-68.

Iza DFV, Souza Neto SS. Os desafios do estágio curricular supervisionado em educação física na parceria entre universidade e escola. Movimento. 2015a;21(1):111-123.

Bisconsini CR, Oliveira AAB. O estágio curricular supervisionado na formação inicial para a docência: as significações dos estagiários como atores do processo. Motrivivência. 2016;28(48):347-359.

Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 2, de 1 de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília (DF); 2015.

Rikard G, Knight SM. Obstacles to professional development: interns’ desire to fit in, get along, and be real teachers. J Teach Phys Educ. 1997;16(4):440–453.

Farias GO, et al. Preocupações pedagógicas de estudantes-estagiários na formação inicial em educação física. Motriz. 2008;14(3):310-319.

Rezer R, Fensterseifer PE. Docência em Educação Física: reflexões acerca de sua complexidade. Pensar a Prática. 2008;11(3):319-329.

Casey A, Fletcher T. Trading places: from Physical Education Teachers to Teacher Educators. J Teach Phys Educ. 2012;31(4):362-380.

Maffei WS. Prática como componente curricular e estágio supervisionado na formação de professores de educação física. Motrivivência. 2014;26(43):229-244.

Neira MG. Os currículos que formam professores de educação física e a Síndrome de Estocolmo: explicações para o choque com a realidade. EFDeportes. 2014;33:51-71.

Silva Júnior AP. Configurações e relações estabelecidas no estágio curricular supervisionado na formação inicial de professores de educação física [tese]. Maringá (PR): Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Educação Física; 2016.

Lüdke M, André MEDA. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: E.P.U.; 2013.

Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.

Junges KS, Behrens MA. Prática docente no ensino superior: a formação pedagógica como mobilizadora de mudança. Perspectiva. 2015;33(1):285-317.

Cunha MI. O professor universitário na transição de paradigmas. Araraquara (SP): JM Editora; 1998.

Rios TA. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo (SP): Cortez; 2010.

Souza Neto S, Silva VP. Prática como Componente Curricular: questões e reflexões. Diálogo Educ. 2014;14(43):889-909.

Isse SF, Molina Neto V. Estágio supervisionado na formação de professores de Educação Física: produções científicas sobre o tema. J Phys Educ. 2016; 27:1-16.

Iza DFV, Souza Neto SS. Por uma revolução na prática de ensino: o Estágio Curricular Supervisionado. Curitiba (PR): CRV; 2015b.

Saviani D. Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano Nacional de Educação. Rev Bras Educ. 2010;15(44):380-392.

Anastasiou LGC, Alves LP. Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille; 2015.

Alves CA, Figueiredo ZCC. Diretrizes curriculares para a formação em Educação Física: camisa de força para os currículos de formação? Motrivivência. 2014;26(43):44-54.

Masetto MT, Gaeta C. Os desafios para a formação de professores do ensino superior. Revi Triângulo. 2012;8(2):413.

Ferraço CE, Alves N. As pesquisas com os cotidianos das escolas: pistas para se pensar a potência das imagens narrativas na invenção dos currículos e da formação. Espaço Currículo. 2015; 8(3):306-316.

Souza Neto S, Sarti FM, Benites LC. Entre o ofício de aluno e o habitus de professor: os desafios do estágio supervisionado no processo de iniciação à docência. Movimento. 2016;22(1):311-324.

Ghedin E, Almeida MI, Leite YUF. Formação de professores: caminhos e descaminhos da prática. Brasília (DF): Líber Livro; 2008.

Downloads

Publicado

2020-12-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Bisconsini, C. R. ., Pizani, J. ., & Oliveira, A. A. B. de . (2020). Limitações e possibilidades institucionais: a formação inicial em Educação Física - Licenciatura. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 34(4), 735-750. https://doi.org/10.11606/1807-5509202000040735