Idades e crescimento da cioba, Ocyururs chrysurus, da Costa Central do Brasil

Autores

  • Júlio Neves de Araújo Universidade Federal do Espírito Santo; Departamento de Ecologia e Recursos Naturais; CCHN
  • Agnaldo Silva Martins Universidade Federal do Espírito Santo; Departamento de Ecologia e Recursos Naturais; CCHN
  • Karla Gonçalves da Costa Universidade Federal do Espírito Santo; Departamento de Ecologia e Recursos Naturais; CCHN

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87592002000100004

Palavras-chave:

Idades, Crescimento, Ocyurus chrysurus, Brasil

Resumo

A idade e o crescimento da cioba da costa central do Brasil foram estudados a partir de leituras de otólitos obtidos em amostragens mensais de desembarques comerciais, realizados nas cidades de Vitória e Vila Velha, entre os anos de 1998 e 1999. Através da análise do incremento marginal, foi verificada a formação anual de uma zona translúcida a partir do final do outono e durante o inverno. Foram observadas ciobas de 2 a 19 anos. Os comprimentos furcais (CF) médios retrocalculados variaram de 108 mm para idade 1 a 524 mm para idade 19. A equação de Von Bertalanffy ajustada aos CF médios retrocalculados foi CFt = 567,1 (1 - e -0.130 (t + 0.773)). A relação comprimento peso foi P = 2,68x10-5CF2.914, onde P = peso total em gramas. O crescimento é lento, com os incrementos anuais em peso aumentando gradativamente até atingir o máximo de 164 g entre as idades 7 e 8 anos. Os resultados deste trabalho indicam que a cioba tem longa expectativa de vida e baixas taxas de crescimento somático, características das espécies mais sensíveis à exploração pesqueira.

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Publicado

2002-01-01

Edição

Seção

Artigos