Lacunas de engajamento e utilização do Relato Integrado no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-057x202112040Palavras-chave:
Relato integrado, Engajamento e utilização, Antecedentes, Consequentes, AutorregulaçãoResumo
O objetivo desta pesquisa foi identificar as lacunas de engajamento e de utilização entre os atores sociais envolvidos com o Relato Integrado (RI) no Brasil: as empresas e os profissionais responsáveis pelo seu fomento, as organizações que o implementam e as empresas e os profissionais que o utilizam. No Brasil, as organizações privadas podem se engajar e utilizar o RI pelo mecanismo de isomorfismo institucional mimético ou normativo, enquanto as públicas o fazem pelo mecanismo coercitivo. Além desse cenário, estudos têm mostrado que as organizações ainda estão se adaptando ao framework 1.0 do RI e que há necessidade de discutir as melhorias referentes aos seus princípios norteadores, bem como os fatores que podem contribuir para facilitar sua adoção pelas organizações. Além de mostrar algumas lacunas a serem mitigadas para facilitar o engajamento e a utilização do RI, os achados indicam que a abordagem com os atores sociais pode incluir a mudança de cultura organizacional e não apenas os princípios e elementos metodológicos do RI. Este estudo apresenta reflexões e elementos para que os atores sociais envolvidos com o RI possam implementar ações que acelerem o engajamento e a utilização dessa iniciativa no Brasil, ou seja, que contribuam para mudar o modelo mental dos gestores no tocante ao processo de criação, preservação e erosão de valor no longo prazo. Este é um estudo qualitativo interpretativo exploratório, pois se trata de temática abordada há pouco tempo, tanto na literatura internacional quanto na nacional. Os dados foram coletados em entrevistas, documentos e observações de participantes e não participantes e interpretados por meio da técnica de templates analysis. Os achados evidenciaram cinco lacunas de engajamento e de utilização entre os atores sociais a serem transpostas para maior efetividade dessa iniciativa: ausência do pensamento integrado nas organizações; exclusão do RI na governança corporativa; ausência de padronização de metodologias de mensuração de impactos e de disclosure de riscos; desconhecimento da abrangência dos temas do RI; e controvérsia entre a regulação e a autorregulação do RI. Assim, o estudo contribui para uma investigação empírica que discute a situação da implementação do RI no Brasil com os protagonistas dessa iniciativa. Também apresenta um modelo conceitual com base nos antecedentes e consequentes do RI que pode ser utilizado para o desenvolvimento de uma escala de mensuração a ser utilizada em países em situação similar à do Brasil.
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