Folga financeira e gastos ambientais: value-relevance no mercado acionário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-057x20231721.enPalavras-chave:
folga financeira, gastos ambientais, relevância informacional, mercados emergentesResumo
O objetivo deste artigo é avaliar o efeito da folga financeira no value-relevance de gastos ambientais em firmas do mercado de capitais brasileiro. A literatura nacional tem negligenciado a abordagem de investigações sobre value-relevance de informações ambientais de desempenho, diferentemente do que ocorre na literatura estrangeira. O estudo aborda a combinação de informações ambientais com a condição financeira das firmas no escopo do value-relevance, obtendo evidências ainda não contempladas na literatura acerca do mercado de capitais brasileiro. Destaca-se que a perspectiva financeira influencia fortemente a avaliação das firmas no tocante à dimensão ambiental. A empresa que realiza gastos ambientais e detém melhor condição financeira passa a ser mais bem avaliada e considerada economicamente interessante. O mesmo não ocorre com firmas em condição financeira inferior. O estudo possibilita demonstrar como a dimensão ambiental, não prioritária na visão do shareholder, poderá ser objeto de atenção de investidores, se o requisito condição financeira é atendido. O mercado monitora gastos ambientais a fim de avaliar muito mais a extensão dos efeitos derivados desses dispêndios na geração de fluxos de caixa futuros, e menos o comprometimento ambiental da empresa. A amostra reúne 52 empresas com ações negociadas na B3 S.A. no período 2009-2018, totalizando 252 observações. Foi usado o modelo proposto por Ohlson, adaptado seguindo a literatura, e operacionalizado em modelos POLS. Ademais, análises foram reproduzidas considerando-se o possível efeito moderador das medidas de folga financeira na proxy dos gastos ambientais. Os resultados indicam que os gastos ambientais contribuem para reduzir a avaliação das firmas, sinalizando para os investidores apenas custos econômicos futuros. Observou-se que a folga financeira constitui elemento importante na avaliação das firmas com gastos ambientais, e que, nas empresas com gastos ambientais e maior folga financeira, a avaliação foi superior à daquelas com menor folga financeira.
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