Avaliação do momentum no Brasil usando regressões quantílicas

Autores

  • Rodrigo Abbade da Silva Universidade Federal do Pampa, Departamento de Administração, Santana do Livramento, RS, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7312-4819
  • Newton da Costa Jr. 2 Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, SC, Brasil / 3 Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Administração, Curitiba, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7723-2676
  • Manuel J. da Rocha Armada Universidade do Minho, Escola de Economia e Gestão, Minho, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2301-1752

DOI:

https://doi.org/10.1590/1808-057x20241894.en

Palavras-chave:

teoria do prospecto, efeito disposição, momentum, regressão quantílica, investidores desinformados

Resumo

O objetivo deste estudo foi medir a relação entre os retornos esperados e o excesso de ganhos de capital (CGO, do inglês capital gains overhang) (como proxy para o efeito disposição) no mercado financeiro brasileiro. Ele também investigou a capacidade do efeito disposição de induzir o momentum. A regressão quantílica permite o estudo da importância dos valores extremos na regressão. Dessa forma, é possível estudar a relação entre o efeito disposição e o retorno esperado entre ações vencedoras e perdedoras usando dados do mercado financeiro brasileiro. Isso pode ajudar a explicar os resultados conflitantes encontrados na literatura ao estudar essa relação em outros países. Este estudo contribui para o desenvolvimento do tema da relação entre o efeito disposição e os ganhos de capital não realizados no mercado financeiro. Para isso, aplicamos os modelos de regressão Fama-MacBeth e de regressão quantílica. Inicialmente, estudamos a relação entre o CGO e o retorno esperado. Posteriormente, investigamos a capacidade do efeito disposição de gerar o efeito momentum em quantis extremos do retorno esperado (0,05º – ações perdedoras e 0,95º – ações vencedoras). Usamos uma amostra de 227 ações de empresas listadas na bolsa de valores brasileira (B3) e séries históricas mensais de janeiro de 2000 a outubro de 2018. Encontramos uma relação significativa e positiva entre o CGO e o retorno esperado em diferentes níveis de retorno esperado, diminuindo do menor para o maior quantil de retorno esperado. Isso indica que os investidores brasileiros, que são propensos ao efeito disposição, operam nos quantis extremos do retorno esperado.

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Publicado

2025-01-15

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, R. A. da, Costa Jr., N. da, & Armada, M. J. da R. (2025). Avaliação do momentum no Brasil usando regressões quantílicas. Revista Contabilidade & Finanças, 35(95), e1894. https://doi.org/10.1590/1808-057x20241894.en