Avaliação do momentum no Brasil usando regressões quantílicas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-057x20241894.enPalavras-chave:
teoria do prospecto, efeito disposição, momentum, regressão quantílica, investidores desinformadosResumo
O objetivo deste estudo foi medir a relação entre os retornos esperados e o excesso de ganhos de capital (CGO, do inglês capital gains overhang) (como proxy para o efeito disposição) no mercado financeiro brasileiro. Ele também investigou a capacidade do efeito disposição de induzir o momentum. A regressão quantílica permite o estudo da importância dos valores extremos na regressão. Dessa forma, é possível estudar a relação entre o efeito disposição e o retorno esperado entre ações vencedoras e perdedoras usando dados do mercado financeiro brasileiro. Isso pode ajudar a explicar os resultados conflitantes encontrados na literatura ao estudar essa relação em outros países. Este estudo contribui para o desenvolvimento do tema da relação entre o efeito disposição e os ganhos de capital não realizados no mercado financeiro. Para isso, aplicamos os modelos de regressão Fama-MacBeth e de regressão quantílica. Inicialmente, estudamos a relação entre o CGO e o retorno esperado. Posteriormente, investigamos a capacidade do efeito disposição de gerar o efeito momentum em quantis extremos do retorno esperado (0,05º – ações perdedoras e 0,95º – ações vencedoras). Usamos uma amostra de 227 ações de empresas listadas na bolsa de valores brasileira (B3) e séries históricas mensais de janeiro de 2000 a outubro de 2018. Encontramos uma relação significativa e positiva entre o CGO e o retorno esperado em diferentes níveis de retorno esperado, diminuindo do menor para o maior quantil de retorno esperado. Isso indica que os investidores brasileiros, que são propensos ao efeito disposição, operam nos quantis extremos do retorno esperado.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rodrigo Abbade da Silva, Newton da Costa Jr., Manuel J. da Rocha Armada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo do(s) artigo(s) publicados na RC&F são de inteira responsabilidade do(s) autores, inclusive quanto a veracidade, atualização e precisão dos dados e informações. Os autores cedem, antecipadamente, os direitos autorais à Revista, que adota o sistema CC-BY de licença Creative Commons. Leia mais em: https://creativecommons.org/licenses/.
A RC&F não cobra taxa para a submissão de artigos. A submissão de artigo(s) à RC&F implica na autorização do(s) autor(es) para sua publicação, sem pagamento de direitos autorais.
A submissão de artigos autoriza a RC&F a adequar o texto do(s) artigo(s) a seus formatos de publicação e, se necessário, efetuar alterações ortográficas, gramaticais e normativas.


