Geoconservação no Ceará: Um Olhar Sobre as Unidades de Conservação Estaduais
DOI:
https://doi.org/10.11606/rdg.v35i0.139606Palavras-chave:
Geodiversidade, Patrimônio Geológico, Áreas protegidas, Dispositivos legais.Resumo
Recentemente, graças aos profissionais das Ciências da Terra e à consolidação dos conceitos de geodiversidade, patrimônio geológico e geoconservação, os esforços voltados para a proteção dos recursos naturais têm dado maior atenção aos elementos abióticos. O presente trabalho tem como principal objetivo identificar quais unidades de conservação (UCs) estaduais do Ceará foram criadas visando a proteção da geodiversidade ou de elementos do patrimônio geológico. Para tanto foi realizada uma análise dos dispositivos legais de criação das 27 UCs estaduais cearenses. Para verificar se os dispositivos legais possuíam objetivos de criação voltados à geoconservação, foram criadas duas variáveis (Geodiversidade e Patrimônio Geológico) e três cenários, cada um correspondendo a uma resposta (Diretamente, Indiretamente, Não possui), que definiram os objetivos de criação das UCs. Os resultados mostraram que, para a variável Geodiversidade apenas uma UC possui objetivos de criação específicos voltados para a geoconservação e 19 UCs possuem apenas considerações e intenções protetivas. Quanto à variável Patrimônio Geológico, 6 UCs foram criadas com objetivos específicos para a proteção de tal aspecto local. Nas demais não consta, nem de forma indireta, o objetivo ou intenção em proteger patrimônio geológico. A partir desta análise, também foi possível verificar as disparidades do número de UCs em relação às unidades geoambientais cearenses, tendo como exemplo principal a depressão sertaneja (sertões), que constitui a mais expressiva unidade geoambiental do estado ao mesmo tempo em que é a menos contemplada com a criação de UC, a despeito da sua considerável extensão, ameaças, vulnerabilidades e reconhecida complexidade litológica.
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