As Territorialidades Insurgentes do Gigante Desperto: Jornadas de Junho de 2013 no Brasil e suas Dinâmicas Territoriais
DOI:
https://doi.org/10.11606/rdg.v35i0.143685Palavras-chave:
Jornadas de Junho. Territorialidades. Território. Movimentos sociais.Resumo
Em 2013, protestos de iniciativa do Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa de transporte público na cidade de São Paulo tornou-se o estopim para a eclosão de manifestações sistêmicas por todos os estados brasileiros, o Distrito Federal e cidades do exterior. As vozes eram polissêmicas e vocalizavam por demandas sociais como transporte, saúde, educação, bem como protestos contra a corrupção. As manifestações com escopo ampliado se difundem pelo território nacional arregimentadas pela autonomia da comunicação via redes sociais, fazendo do mês de junho uma odisseia de insurgência: as jornadas de junho. Objetivou-se aqui analisar as dinâmicas territoriais destas manifestações. A pesquisa se apoia na análise documental de conteúdo noticioso para refletir sobre os contextos dos atos como sua difusão pelo país, a participação de cada estado, a conjuntura de sua territorialidade, multiescalaridade, suas redes e ativismos on-line. A mobilização de junho de 2013 compreendeu a formação de territorialidades de insurgência, fortalecidas pela comunicação autônoma proporcionada pelas redes sociais, difundindo suas mensagens e integrando os sentimentos de insurgência. O movimento apropriando-se do espaço pela tomada das ruas, desenvolveram uma mobilização reticulada que encontrou ressonância em todos os locais onde os atos se concentraram de modo multiescalar. O usufruto da comunicação digital como indumentária fez do ciberespaço um novo meio com o qual experiências socioespaciais podem se desencadear, como no ativismo despertado nas jornadas de junho.
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