Unidades geoambientais do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, litoral norte fluminense
DOI:
https://doi.org/10.11606/rdg.v39i0.156779Palavras-chave:
Análise geoambiental, Paisagem, Zona costeiraResumo
Com objetivo de minimizar as intervenções humanas no ecossistema de restinga, foi instituído, em 29 de abril de 1998, o Parque Nacional (PARNA) da Restinga de Jurubatiba, localizado na faixa costeira de parte dos municípios de Macaé e Quissamã e em toda a faixa costeira do município de Carapebus, no Estado do Rio de Janeiro. Neste cenário, o estudo da paisagem fundamentado na abordagem sistêmica e geoecológica mostra-se um importante instrumento de análise, e embasa estudos de ordenamento territorial e planejamento ambiental. O presente estudo teve como objetivo delimitar e caracterizar Unidades Geoambientais do PARNA da Restinga de Jurubatiba e sua zona de amortecimento terrestre. As etapas de desenvolvimento consideraram a base de dados físicos e antrópicos, formada pelos componentes Formações Geológicas, Compartimentos Geomorfológicos, Classes de Solo, Precipitação e Cobertura da Terra e Uso. Correlacionados, resultaram na delimitação das seguintes Unidades Geoambientais: Colinas altas, Colinas altas dissecadas, Colinas baixas, Colinas baixas dissecadas, Planície lacustre, Planície fluviolacustre, Planície marinha, Planície fluviomarinha, Complexo de lagoas paralelas à costa, Área de inundação e Praia. Ainda como forma de caracterizar a paisagem, foram definidas as funções geoecológicas das Unidades Geoambientais em áreas emissoras, transmissoras e receptoras de matéria e energia. Ao considerar o funcionamento sistêmico, a abordagem de análise geoecológica empregada resultou na delimitação de Unidades Geoambientais que refletem a evolução da paisagem, e o Mapa de Unidades Geoambientais pode ser aplicado na gestão territorial da Unidade de Conservação.
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