Investigação sobre a relação entre ciclones extratropicais e eventos de ressaca no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/eISSN.2236-2878.rdg.2024.223533Palavras-chave:
Risco costeiro , Santa Catarina , Eventos severos de ondaResumo
Este estudo identificou e examinou as ressacas e sua associação com ciclones extratropicais na costa brasileira em 2018, com foco particular na região de Itajaí, no estado de Santa Catarina, Brasil. Ciclones extratropicais impactam significativamente o clima e o tempo, levando a eventos extremos de ondas que afetam a economia e o meio ambiente, especialmente em áreas costeiras brasileiras. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo entender as características dos ciclones relacionadas a tempestades, as áreas de gênese e sua relação com as ressacas. As ressacas foram selecionadas em uma série temporal com base em segmentos com altura significativa de onda (SWH) maior que 2,5 metros sustentados por pelo menos 24 horas. O estudo identificou todas as ressacas ocorridas em 2018, fornecendo uma visão geral delas e dos ciclones que geraram ressacas. O ano de 2018 foi selecionado por permitir a comparação entre dados de reanálise climática e observações de boias. Naquele ano, foram identificados 157 ciclones extratropicais na região entre Brasil e Argentina. Esses ciclones não apresentam uma sazonalidade marcante. A análise mensal mostrou que de junho a outubro ocorreu a maior atividade de ressacas, com 2 a 3 eventos por mês. Os dados de direção das ondas mostraram que as ressacas mais intensas tiveram uma direção mediana de onda do sul/sudeste. Isso indica um evento composto de aumento do nível do mar promovido por um ciclone mais ao sul e geração de ondas devido a um ciclone atuando próximo à costa. A maioria dos ciclones associados às ressacas foi gerada na região do Rio da Prata e na costa Sul/Sudeste do Brasil. Os resultados podem melhorar a previsão e a mitigação de riscos costeiros, especialmente no contexto das mudanças climáticas.
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