Contribuição ao Debate Atual Sobre a Formação de Professores no Brasil: pela formação de futuras gerações na perspectiva da reconstrução do Sócio-Cultural
DOI:
https://doi.org/10.7154/RDG.2010.0020.0001Palavras-chave:
Geografia, Complexidade, Formação de Professores, Aprendizagem Mediada, DialogicidadeResumo
Este artigo é uma comunicação sobre as primeiras aproximações de resultados obtidos com a Pesquisa “Valorização da Geografia na Educação Básica” na etapa-piloto realizada entre abril e agosto de 2009 durante o Curso de Extensão Universitária “Desenvolvimento Didático-Pedagógico de Aprendizagem Mediada de Geografia para a Educação Básica”. A pesquisa trata das interfaces e vinculações essenciais entre o ensino de Geografia na educação básica e as áreas de interesse que caracterizam as tendências do ensino e pesquisa em Geografia como área de conhecimento científico-acadêmico, as quais consolidam sua crescente importância como conhecimento complexo. Enquanto disciplina escolar a Geografia é aqui entendida como uma prática social indispensável para a formação livre e independente das representações de mundo e das representações das relações que há no mundo que circulam na sociedade e na cultura. A pesquisa de cunho qualitativo procurou caracterizar e compreender as demandas que existem atualmente em relação à formação de professores a partir das narrativas dos próprios professores sobre os enfrentamentos cotidianos dos problemas de aprendizagem que verificam em seu trabalho e que apontam a necessidade de questionar, de maneira radical, as tendências teóricas e filosóficas de cunho técnico científico que tem predominado no debate atual sobre formação de professores no Brasil. O que a pesquisa indica, até o presente momento, é, ao contrário do que poderia parecer, a necessidade de enriquecer ainda mais a formação teórica e filosófica dos professores. Foi adotada na pesquisa a concepção de aprendizagem mediada de Reuven Feuerstein, a concepção de diálogo segundo Mikhail Bakhtin, e ainda a idéia de pensamento complexo e de religação dos saberes produzidos e separados historicamente segundo Edgar Morin. As concepções adotadas formam o que denominamos de “fronteiras teóricas para a formação de professores“.
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