Desqualificação profissional:nikkeis brasileiras no Japão
DOI:
https://doi.org/10.7154/RDG.2006.0018.0002Palavras-chave:
Migração feminina, Mobilidade ocupacional, Qualificação profissional.Resumo
A estrutura do mercado de trabalho está segmentada por categorias como a etnicidade e o gênero. Decorrente disso, as características como raça e gênero são categorias que servem para colocar os migrantes numa posição marginal e dentro de um segmento hierárquico que existe no mercado de trabalho, assim como empurram as mulheres para o mercado de trabalho informal. Através deste estudo, abordei a questão de como as políticas migratórias japonesas estariam influenciando as condições de trabalho das migrantes, se haveria diferenças nas condições de trabalho entre as mulheres de diferentes nacionalidades. Na primeira parte deste trabalho analisamos como a distribuição dos vistos influencia na inserção dos migrantes no mercado de trabalho japonês. Na segunda parte é feito o estudo de caso com mulheres brasileiras nikkeis, que realizam o trabalho qualificado de tradutoras/orientadoras. Neste trabalho foram enfocadas as condições de trabalho, as perspectivas profissionais, e a relação entre a família e o trabalho. Conclui-se que apesar de especializado e rentável, faz parte de um mercado de trabalho instável, muito aquém de uma perspectiva profissional, devido à sua baixa valorização pelo governo japonês.
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