Intermedicalidad y atención diferenciada: asimetrías y desafíos en el encuentro de las ciencias en el Subsistema de Atención a la Salud Indígena (SasiSUS) del pueblo Xukuru do Ororubá
DOI:
https://doi.org/10.14201/reb20241123153167Palabras clave:
Subsistema de Atención a la Salud Indígena, atención diferenciada, intermedicalidad, Xukuru do Ororubá, plantas medicinalesResumen
La ciencia de curación del pueblo Xukuru do Ororubá, que habita en el estado de Pernambuco (Brasil), es la ciencia de la selva, una práctica secular presente en las terapéuticas tradicionales de este territorio indígena. Por su parte, la ciencia predominante en las políticas de salud indígenas del Subsistema de Atención a la Salud Indígena (SasiSUS) es la biomédica occidental. ¿De qué forma realidades distintas pueden convivir de manera dialógica? La propuesta de este artículo es reflexionar sobre las diferentes y superpuestas capas que subyacen a las políticas de salud indígenas y su implementación por medio del SasiSUS, considerando el día a día y su universo de experiencias, así como las estrategias orientadas a la atención diferenciada como un camino de diálogos de proximidades terapéuticas a través de la promoción de la intermedicalidad. Las diferencias culturales presentes e impuestas por la práctica técnica en salud son factores que refuerzan y reproducen asimetrías y perspectivas terapéuticas unilaterales. Las reflexiones compartidas deben considerarse como preliminares en un contexto de investigación que, aunque en una nueva fase, sigue en curso junto a los poseedores del conocimiento tradicional local y a los Agentes de Salud Indígena (ASI) para el fortalecimiento de este campo teórico en torno a la interculturalidad en salud, teniendo la flora medicinal como elemento generador y transformador.
Descargas
Referencias
Amado, L. H. E., & Ribeiro, A. M. M. (2020). Panorama e desafios dos povos indígenas no contexto de pandemia do covid-19 no Brasil. Confluências| Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, 22(2), 335-360.
Bodstein, R. (2002). Atenção básica na agenda da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 7, 401-412.
Bourdieu, P. (1996). Razões práticas: sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus.
Brasil. (2002). Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2006). Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2013). Resolução da Diretoria Colegiada nº 18, de 03 de abril de 2013, que dispõe sobre as boas práticas de processamento e armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas no âmbito do SUS. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil (2015). Lei n.º 13.123, de 20 de maio de 2015. Regulamenta a Convenção sobre a Diversidade Biológica. Brasília, DF, Brasil.
Calixto, J. B. (2003). Biodiversidade como fonte de medicamentos. Ciência e cultura, 55(3), 37-39.
Carlessi, P. C., & Sousa, I. M. C. de. (2022). Cartografia da fitoterapia no SUS: dos itinerários do fazer às alianças do saber. Recife: ObservaPICS, Instituto Aggeu Magalhães.
Carvalho, A. C. B., Ramalho, L. S., Oliveira Marques, R. F., & Perfeito, J. P. S. (2014). Regulation of herbal medicines in Brazil. Journal of Ethnopharmacology, 158 (part B), 503-506.
Certeau, M. (2003). A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Editora Vozes.
Diehl, E. E. (2001). Entendimentos, práticas e contextos sociopolíticos do uso de medicamentos entre os Kaingáng (Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil). Tese de doutorado, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Diehl, E. E., & Rech, N. (2004). Subsídios para uma assistência farmacêutica no contexto da atenção à saúde indígena: contribuições da antropologia. In E. J. Langdon, & L. Garnelo (Orgs). Saúde dos Povos Indígenas: reflexões sobre antropologia participativa (pp. 149-69). Rio de Janeiro: Contracapa/Associação Brasileira de Antropologia.
Elisabetsky, E. (2003). Etnofarmacologia. Ciência e Cultura, 55(3), 35-36.
Ferreira, L. O. (2013). Medicinas indígenas e as políticas da tradição: entre discursos oficiais e vozes indígenas. In L. O. Ferreira. Medicinas indígenas e as políticas públicas da tradição: entre discursos oficiais e vozes indígenas (pp. 202-202). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Follér, M. L. (2004). Intermedicalidade: a zona de contato criada por povos indígenas e profissionais de saúde. In J. Langdon, & L. Garnelo (Eds.). Saúde dos Povos Indígenas: reflexões sobre antropologia participativa (pp. 106-120). Rio de Janeiro: Contra Capa/ABA.
Geertz, C. (2008). A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar.
Grünewald, R. D. A. (2005). As múltiplas incertezas do toré. In R. Grunewald (Org.). Toré: Regime encantado do Índio do Nordeste (pp. 13-38). Recife: Fundaj, Editora Massangana.
Hobsbawm, E., & Ranger, T. (1984). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Kury, L. (2001). Viajantes-naturalistas no Brasil Oitocentista: experiência, relato e imagem. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 8, 863-880.
Kury, L. (2004). Homens de ciência no Brasil: impérios coloniais e circulação de informações (1780-1810). História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 11, 109-129.
Langdon, E. J. (2014). Os diálogos da antropologia com a saúde: contribuições para as políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, 19(4), 1019-1029.
Melo, E. A., Mendonça, M. H. M. D., Oliveira, J. R. D., & Andrade, G. C. L. D. (2018). Mudanças na Política Nacional de Atenção Básica: entre retrocessos e desafios. Saúde em Debate, 42, 38-51.
Mendes, A. M., Leite, M. S., Langdon, E. J., & Grisotti, M. (2018). O desafio da atenção primária na saúde indígena no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, 42, e184.
Nascimento, M. T. S. O. (1994). Tronco da Jurema. Ritual e etnicidade entre os povos indígenas do Nordeste – O caso Cariri. Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
Oliveira Filho, J. P. (1993). Os povos indígenas no Nordeste: fronteiras étnicas e identidades emergentes. Tempo Presença, 270(15), 31-35.
Oliveira, J. C., Amoroso, M., de Lima, A. G. M., Shiratori, K., Marras, S., & Emperaire, L. (Eds.). (2020). Vozes vegetais: diversidade, resistência e histórias da floresta. São Paulo: Ubu Editora.
Pires, M. J., Neves, R. C. M., Fialho, V. (2016). Saberes tradicionais e biomedicina: reflexões a partir das experiências dos Xukurus do Ororubá. Revista Anthropológicas, 27(2), 240-262.
Pontes, A. L. D. M., Hacon, V., Terena, L. E., & Santos, R. V. (2022). Vozes indígenas na saúde: trajetórias, memórias e protagonismos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Reesink, E. B. (2002). Raízes históricas: a jurema, enteógeno e ritual na história dos povos indígenas no Nordeste. In Os muitos usos da Jurema (pp. 61-96). Recife: Editora Bargaco.
Rodrigues, E. S., Carvalho, G. A., Siqueira, A. L. L., & Silva, M. J. M. (2012). Saberes Xuruku: a cura pela natureza sagrada. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos.
Silva Pimentel, M. A. (2015). A Convenção da Diversidade Biológica e a Proteção dos Saberes Tradicionais. Revista GeoAmazônia, 2(4), 56-78.
Souza, M. D., & Leda, P. H. O. (2023). Cartas de Memórias das Plantas. Fiocruz/Instituto de Tecnologia em Fármacos. Recuperado de https://educare.fiocruz.br/resource/show?id=8nPiM9p3.
Walsh, C. (2019). Interculturalidade e decolonialidade do poder um pensamento e posicionamento “outro” a partir da diferença colonial. Revista da Faculdade de Direito de Pelotas, 5(1), 6-39.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Mônica Dias Souza, Paulo Henrique de Oliveira Léda

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.