Prevalência e detecção de resistência de Staphylococcus aureus em jalecos de graduandos e profissionais da saúde na Universidade Federal de Uberlândia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5154.v24p9-15

Palavras-chave:

contaminação, resistência bacteriana, profissionais de saúde, graduandos, jalecos

Resumo

O estudo teve como objetivo avaliar a contaminação e resistência de Staphylococcus aureus em jalecos de graduandos e profissionais da saúde. Foram coletadas amostras de 175 jalecos. Os isolados passaram por testes de identificação fenotípica como fermentação do manitol, catalase e coagulase. Além de testes de sensibilidade a antimicrobianos e PCR, para detecção do gene mecA. Aproximadamente 25% dos jalecos de estudantes estavam contaminados por S. aureus e 19% dos profissionais da saúde. Detectamos três fenótipos de resistência, sendo elas MRSA, BORSA e MLSB. Algumas cepas apresentaram simultaneamente dois fenótipos. Conclui-se que os jalecos de profissionais e graduandos são uma importante fonte de transmissão de patógenos e devem ser usados apenas em ambientes hospitalares e laboratoriais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). 2007. Módulo 3: Resistência Microbiana - mecanismos e impacto clínico. II. Gram-positivos - resistência aos antimicrobianos: Staphylococcus aureus. RM controle, 1-7.

Amorim DMR et al. 2009. Resistência induzível à clindamicina entre isolados clínicos de Staphylococcus aureus. O Mundo da Saúde, 33: 401-405.

Argudín MA et al. 2018. Genetic diversity among Staphylococcus aureus isolates showing oxacillin and/or cefoxitin resistance not linked to the presence of mec genes. Antimicrobial Agents and Chemotherapy 62: 1-6.

Ayres M et al. 2007. BioEstat: aplicações estatísticas nas áreas das ciências biomédicas. Sociedade Civil Mamirauá, Belém, 5: 324 p.

Bakthavatchalam YD, Nabarro LE, Veeraraghavan B. 2017. Evolving rapid methicillin-resistant Staphylococcus aureus detection: Cover all the bases. Journal of Global Infectious Diseases, 9:18-22.

Ballhausen B et al. 2014. The mecA homolog mecC confers resistance against ß-lactams in Staphylococcus aureus irrespective of the genetic strain background. Antimicrobial agents and chemotherapy, 58: 3791–3798.

Baltar PM, Daflon B, Melo JT, Bessa ME, Carvalho EV. 2023. Avaliação da contaminação de jalecos por Staphylococcus aureus multirresistentes, usados por alunos e professores, da clínica odontológica do UNIFAA. Revista Saber Digital, v. 16, n.2, e20231602.

BULLÉ DJ et al. 2016. Prevalência de Staphylococcus aureus meticilina resistentes em profissionais de saúde. Rev. enferm. UFSM, p. 198-205.

Carvalho CMRS et al. 2009. Aspectos de biossegurança relacionados ao uso do jaleco pelos profissionais da saúde: uma revisão da literatura. Revista Texto e Contexto-Enfermagem, 18: 355-360.

Chambers, H. 1997. Methicillin-resistance in Staphylococci: molecular and biochemical basis and clinical implications. Clinical Microbiology Reviews, 10: 781-791.

Cheung GYC, Bae JS, Otto M. 2021. Pathogenicity and virulence of Staphylococcus aureus. Virulence. 12(1):547-569.

CLSI - Clinical and Laboratory Standards Institute. 2021. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing, 31st Edition. CLSI document, M100-Ed31.

Colli VC, Pizzolitto AC, Raddi MSG. 2009. Determinação da resistência de Staphylococcus aureus: um desafio? Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 30: 115-118.

Duarte FC et al. 2018. Bacteremia causada por Staphylococcus aureus: Uma análise de quinze anos da sensibilidade a antimicrobianos em um hospital terciário do Brasil. Revista de epidemiologia e controle de infecções, 8: 1-7.

Engelkirk PG, Duben- Engelkirk J. 2012. BURTON: Microbiologia para as ciências da saúde. Guanabara Koogan, 9: 452 p.

Faria MHD et al. 2020. Biossegurança em odontologia e covid-19: uma revisão integrativa: biosafety in dentistry and covid-19: an integrative review. Cadernos ESP, v. 14, n. 1, p. 53-60.

Fenalte MP, Gelatti LC. 2012.Contaminação de jalecos usados pela equipe de enfermagem.Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Saúde e Tecnologia, v. 1, n. 01, p. 44-49.

Fernandes LF et al. 2020. Identification and characterization of methicillin-resistant Staphylococcus spp. isolated from surfaces near patients in an intensive care unit of a hospital in southeastern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 53.

Fracarolli FL, Oliveira AS, Marziale MHP. 2017. Colonização bacteriana e resistência antimicrobiana em trabalhadores de saúde: revisão integrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 30: 651-657.

García-Garrote F et al. 2014. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus carrying the mecC gene: emergence in Spain and report of a fatal case of bacteraemia. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 69: 45-50.

Hryniewicz MM, Garbacz K. 2017. Borderline oxacillin-resistant Staphylococcus aureus (BORSA) – a more common problem than expected? Journal of Medical Microbiology, 66: 1367–1373.

IWG-SCC. International Working Group on the Staphylococcal Cassette Chromosome elements. 2012. Disponível em: http://www.sccmec.org/index.php/guidelines. Acesso em: 20 de novembro de 2019.

Kaiser TL, Couto HM, Moreira LC. 2016. Avaliação da contaminação microbiana em jalecos de estudantes da área da saúde. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, 11: 41-47.

Levy CE. 2004. Módulo V- Detecção e identificação de bactérias de importância médica. In: Levy CE. Manual de Microbiologia Clínica para o controle de infecção de serviços de saúde. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 1-93 p.

Maalej SM et al. 2012. Analysis of borderline oxacillin-resistant Staphylococcus aureus (BORSA) strains isolated in Tunisia. Journal of clinical microbiology, 50: 3345-3348.

Mcdougal LK, Thornsberry C. 1986. The role of β-lactamase in staphylococcal resistance to penicillinase-resistant penicillins and cephalosporins. Journal of Clinical Microbiology, 23: 832–839.

Moraes IC, Villarroel SL, Pereira VC. 2018. Detecção de resistência à meticilina e aos macrolídeos em Staphylococcus aureus isolados de jaleco. Colloquium Vitae, 10: 34-41.

Nunes ELC et al. 1999. Detection of ileS-2 gene encoding mupirocin resistance in methicillin-resistant Staphylococcus aureus by multiplex PCR. Diagnostic Microbiology and Infectious Disease, 34: 77-81.

Oliveira AC, Silva MDM. 2013. Comportamento dos profissionais de saúde em relação ao uso do jaleco. Revista de enfermagem, 7: 5469 – 5470.

Oliveira DC, De Lencastre, H. 2002. Multiplex PCR strategy for rapid identification of structural types and variants of the mec element in methicillin-resistant Staphylococcus aureus. Antimicrobial agents and chemotherapy, 46: 2155-2161.

Petersen A et al. 2013. Epidemiology of methicillin-resistant Staphylococcus aureus carrying the novel mecC gene in Denmark corroborates a zoonotic reservoir with transmission to humans. Clinical Microbiology and Infection, 19: 16–22.

Polisena J et al. 2011. Clinical effectiveness of rapid test for methicillin resistant Staphylococcus aureus (MRSA) in hospitalized patients: A systematic review. BMC Infectious Diseases, 11: 1-13.

Prasanth H. et al. 2018. Identification of macrolides lincosamides and type B streptogramin (MLSB) resistant strains of Staphylococcus aureus in a tertiary care centre at Thanjavur, India. International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences, 7: 3729-3735.

Priya NL et al. 2017. Detection of Methicillin Resistant Strains of Staphylococcus aureus Using Phenotypic and Genotypic Methods in a Tertiary Care Hospital. International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences, 6: 4008-4014.

Ribeiro AC et al. 2022. Colonização por MRSA em profissionais de saúde: uma Revisão Sistemática. Rev Bras Cien Med Saúde, p. 00-00.

Rossi F, Andreazzi DB. 2005. Resistência bacteriana: interpretando o antibiograma. São Paulo. Editora Atheneu, Cap.1, p. 1-7, Cap.2, p.21-26.

Shetty J, Afroz Z. 2017. Prevalence of constitutive and inducible clindamycin resistance among clinical isolates of Staphylococcus aureus in a tertiary care institute in North India. International Journal of Research in Medical Sciences, 5: 3120-3125.

Skov R et al. 2014. Phenotypic detection of mecC-MRSA: cefoxitin is more reliable than oxacilin. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 69: 133-135.

Uneke CJ, Ijeoma PA. 2010. The potential for nosocomial infection transmission by white coat used by physicians in Nigeria: Implications for improved patient-safety initiatives. World health & population, 11: 44-54.

Urushibara N et al. 2019. Novel staphylococcal cassette chromosome mec (SCCmec) type XIV (5A) and a truncated SCCmec element in SCC composite islands carrying speG in ST5 MRSA in Japan. Journal of Antimicrobial Chemotherapy. DOI: https://doi.org/10.1093/jac/dkz406. Acesso em 25 de novembro. 2019.

Downloads

Publicado

2024-11-14

Como Citar

Neves de Oliveira, S., Silveira de Brito, C., Oliveira Cesar Ferreira, L. ., & Silva, H. A. (2024). Prevalência e detecção de resistência de Staphylococcus aureus em jalecos de graduandos e profissionais da saúde na Universidade Federal de Uberlândia. Revista Da Biologia, 24(1), 9-15. https://doi.org/10.11606/issn.1984-5154.v24p9-15