A noção de artistas-curadores na 33ª Bienal de São Paulo: os artistas em histórica negociação com as instituições culturais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8354.v6i6p231-256Palavras-chave:
artista-curador, curador-facilitador, história da curadoria de exposições, história das exposiçõesResumo
Neste artigo, situamos na História da Arte o debate artista-curador, primeiramente a partir dos acontecimentos em torno da proposta de criação de um Museu de Artistas Vivos na França e então abordamos como em meados do século XX, com o nascimento da profissão de curador de exposições, os artistas passam a questionar o papel do curador como mediador entre artistas e público. Com esta apresentação histórica sobre a presença desse debate nos mundos da arte, pretendemos situar a perspectiva apresentada na curadoria da 33ª Bienal de São Paulo ao longo dessa relação entre os artistas e as instituições culturais, em especial os museus de arte. Uma vez que este artigo integra uma pesquisa mais ampla a respeito de teorias e metodologias de curadoria de exposição, aprofundaremos nossa reflexão a respeito das definições que circularam na imprensa nacional e internacional a respeito do modelo proposto por Gabriel Pérez-Barreiro. A reflexão foi feita a partir deste corpus documental. Não foram abordados somente os textos da assessoria de comunicação, mas também conteúdo elaborado para as redes sociais, textos de catálogos e o material educativo produzidos pela equipe da 33ª Bienal de São Paulo, assim como as reportagens, matérias de jornalismo cultural e textos de crítica de arte que circularam nacional e internacionalmente sobre a exposição. Para desenvolver essa análise temos como referência o pensamento de Howard Becker, Jérôme Glicenstein, J. Pedro Lorente, entre outros autores.
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