A Saga Entre o Dito e o Não Dito
Linguagem, música e obra, em perspectiva temporal
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2019.159987Palavras-chave:
Linguagem, Representação, Obra de arte, Música, AnimalidadeResumo
“Saga” é um termo utilizado nos escritos heideggerianos a respeito da linguagem. Indica a ampliação dos domínios da linguagem para além da sua função comunicativa e de significação, abrindo espaço para o não dito, para o que escapa aos sentidos unívocos. O presente texto parte dessa ampliação, compreendida a partir da perspectiva temporal, própria do comportamento teórico e avança para a discussão de exclusões operadas pelas oposições binárias próprias da linguagem cotidiana e da lógica da representação. Nesse contexto, dá destaque para a legitimação da dimensão prática da música e da possibilidade de uma música não humana. O texto inclui diálogos entre os pensamentos de Small, Sexto Empírico, Derrida e Heidegger.
Downloads
Referências
BERROS, Fernando R.M. “Música e linguagem em Adorno”. Dissertatio, n.41, p.209-228, inverno 2015.
DERRIDA, Jacques. “Cette nuit dans la nuit de la nuit…”. Rue Descartes, n.42, Politiques de la communauté, pp.112-127, nov.2003, Disponível em http://www.jstor.org/stable/40978797, acessado em 09/11/2015.
__________. O animal que logo sou. 2.ed. Trad. Fábio Landa. São Paulo: Ed.Unesp, 2011.
__________. Gramatologia. Trad. Miriam Chnaiderman e Renato J. Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 1999.
FREIRE, Maria C. Escritura e desconstrução da linguagem em Derrida. 2010. Mestrado em Filosofia. Rio de Janeiro: PUC. Programa de Pós-Graduação em Filosofia.
HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Trad. Marcia Sá C.Schuback. Petrópolis: Vozes, 2003.
__________. Ser e tempo. Trad. Maria S.C.Schuback. 3ª Ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Ed.Universitária São Francisco, 2008.
__________. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo e Manuel A.Castro. São Paulo: Edições 70, 2010.
INWOOD, Michael. Dicionário Heidegger. Trad. Luisa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
KRAUSE, Bernie. A grande orquestra da natureza: descobrindo as origens da música no mundo. Trad. Ivan W. Kuck. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
MÂCHE, François-Bernard. “La forme en musique”. In CHANGEUX, Jean-Pierre (org). La vie des formes et les formes de la vie. Paris: Odile Jacob, 2012, pp.265-281.
PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017.
RODRIGUES, Felipe V. “Fisiologia da música: uma abordagem comparativa”. Revista de Biologia, v.2, pp.12-17, jun.2008.
ROEDER, Sarah. O Contra os músicos de Sexto Empírico: introdução, tradução e comentários. 2014. Mestrado em Música. Curitiba: UFPR. Programa de Pós-Graduação em Música.
SILVA, José Eduardo C. “O sentido da música no pensamento de Martin Heidegger”. In Anais do Simpósio de Estética e Filosofia da Música. Porto Alegre: UFRGS, v.1, n.1, 2013, p.134-150.
SEEGER, Anthony. “Por que os índios Suyá cantam para suas irmãs?”. In VELHO, G. (Org.) Arte e Sociedade: ensaios de sociologia da arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
SEXTO EMPÍRICO. “Contra os músicos”. Trad. Sarah Roeder. In ROEDER, Sarah. O contra os músicos de Sexto Empírico: introdução, tradução e comentários. Curitiba: UFPR, Programa de Pós-Graduação em Música, 2014. Dissertação de Mestrado.
SMALL, Christopher. Musicking: the meanings of performing and listening. Middletown, Connecticut: Wesleyan University Press, 1998.
TOMÁS, Lia. A procura da música sem sombra: Chabanon e a autonomia da música no século XVIII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.
VALENTIM, Marco A. “Extramundanidade e sobrenatureza”: para uma crítica da antropologia filosófica. In I Encontro de Fenomenologia: Fenômeno/Mundo, 2013.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio”. Maná, v.2, n.2, pp.115-144, 1996.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Andreia Aparecida Marin, Marcos Câmara de Castro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY-NC:
Este trabalho está licenciado sob uma licença CC-BY-NC