Uma canção que ninguém escreveu: quatro reflexões sobre intertextualidade em Uma Canção de Marcelo Segreto

Autores

  • Paulo de Tarso Brandão Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2023.212192

Palavras-chave:

Intertextualidade, Canção, Música popular brasileira, Autoria

Resumo

Partindo dos conceitos de intertextualidade e dialogismo, o presente artigo faz uma breve análise da música “Uma Canção” composta por Marcelo Segreto, que abre o disco Rádio Lixão da banda paulista Filarmônica de Pasárgada. Analisando o procedimento composicional utilizado por Marcelo Segreto surgem quatro reflexões que são desenvolvidas: 1º - O conceito de intertextualidade e seu uso enquanto recurso composicional; 2º - O conceito de autoria e sua problemática no campo da arte pós-moderna; 3º - O uso da paródia e da apropriação em Uma Canção como fator de ambivalência com relação à tradição da canção; 4º- A influência tropicalista no processo composicional de Uma Canção.  Estas quatro reflexões, autônomas entre si, confluem para uma reflexão maior que subjaz ao texto: Como as ferramentas intertextuais podem servir ao processo de composição de canções. 

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Publicado

2023-10-04

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Uma canção que ninguém escreveu: quatro reflexões sobre intertextualidade em Uma Canção de Marcelo Segreto. (2023). Revista Da Tulha, 9(1), 91-120. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2023.212192