Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma

Autores

  • Patrícia Duarte Freitas Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Ronaldo Aparecido da Silva Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Celso Ricardo Fernandes de Carvalho Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v94i4p246-255

Palavras-chave:

Asma, Exercício, Controle, sinais e sintomas, Dispneia.

Resumo

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas cujo diagnóstico é clínico e o tratamento visa principalmente controlar os sintomas e diminuir os riscos de exacerbação. Mesmo sob tratamento clínico-medicamentoso adequado, os pacientes nem sempre atingem o controle clínico adequado. Por isso, recomenda-se o uso de terapias não farmacológicas, destacando-se o exercício físico (EF), que é, atualmente, reconhecido como parte fundamental do programa de reabilitação para asmáticos. A revisão que se segue objetivou explorar os aspectos relacionados à melhora do controle clínico da doença induzidos pelo EF em pacientes asmáticos. Para tanto, foram revisados artigos publicados na base de dados Pubmed e SciELO (de 1970 a 2015). Verificou-se que os primeiros estudos sugeririam que o EF, predominantemente aeróbio, melhora o condicionamento físico e a percepção de falta de ar (dispneia). Essa tendência foi mantida até os anos 90 e a partir de então surgiram estudos com maior rigor metodológico mostrando que o EF pode reduzir o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), a responsividade brônquica bem como e a capacidade física aeróbia. Evidências mostrando que o EF melhora os fatores de saúde relacionados à qualidade de vida, o controle clínico da asma e a inflamação pulmonar passaram a ser melhor investigados apenas nos últimos 5 anos. Atualmente, considera-se a prática de EF como um componente fundamental no programa de tratamento para pacientes com asma moderada e grave, quando realizado com predominância aeróbia, em intensidade de baixa a moderada e feito pelo menos duas vezes por semana de forma individualizada. Portanto, o exercício físico parece potencializar o controle clínico da asma através da melhora do condicionamento físico, sendo importante sua indicação na prática clínica para os pacientes que estão em tratamento clínico-medicamentoso otimizado.

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Biografia do Autor

  • Patrícia Duarte Freitas, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
    MSc, doutoranda, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo.
  • Ronaldo Aparecido da Silva, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
    PhD, pós-doutorando, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. e-mail: ronaldo.experimental@gmail.com
  • Celso Ricardo Fernandes de Carvalho, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

    Professor Livre docente, Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo.

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Publicado

2015-12-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Freitas, P. D., Silva, R. A. da, & Carvalho, C. R. F. de. (2015). Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma. Revista De Medicina, 94(4), 246-255. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v94i4p246-255