Influência do lítio na interação neurônioglia em neurônios hipocampais
resultados preliminares
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i6p533-546Palavras-chave:
Neuroproteção, Hipocampo, Líto, Neuroglia, NeurôniosResumo
Recentemente, especial atenção foi dada aos possíveis efeitos neuroprotetores do lítio, especialmente pela descoberta de seus efeitos regulatórios sobre proteínas pró e anti-apoptóticas. O lítio aumenta substancialmente a expressão de proteínas citoprotetoras no sistema nervoso central, tanto no córtex de ratos quanto em células humanas de origem neuronal. Além de ações neuroprotetoras, auxilia na regeneração de axônios no sistema nervoso central de mamíferos. O lítio regula negativamente a expressão e a atividade de enzimas que exercem funções importantes na homeostase cerebral: plasticidade sináptica, neurogênese e fosforilação da proteína tau. Microglia é conhecida por sua importância na neuropatologia. No entanto, sob condições fisiológicas, tais células imunes interagem ativamente com os neurônios, sendo capazes de modular o destino e as funções das sinapses. Essa capacidade das células microgliais sugere as conseqüências de mudanças no fenótipo microglial sob condições patológicas, o que torna relevante o entendimento da interação entre micróglia e outras células cerebrais em desenvolvimento e sua influência na formação de redes neuronais e sinápticas. O presente trabalho tem como objetivo identificar a principal via de integração neurônio-glia ativada pelo tratamento crônico com lítio em neurônios, explorando o uso de ferramentas de bioinformática em dados de microarray. O tratamento de neurônios hipocampais com lítio alterou os genes relacionados a diferentes vias de neuroproteção na dose terapêutica mais alta. Houve dissociação entre a dose terapêutica e sub-terapêutica de lítio na neuroproteção. Portanto, o tratamento em doses terapêuticas (2mM) modificou diferentes vias de sinalização quando comparado com as doses sub-terapêuticas (0,02 e 0,2mM).