Tratamento laparoscópico de leiomioma gigante circunferencial de esôfago distal
case report
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v99i1p84-87Palavras-chave:
Leiomioma, Esôfago, Neoplasias, Laparoscopia, Cirurgia assistida por computador, Cirurgia, Esôfago distalResumo
Introdução: O leiomioma é um tumor de esôfago raro, com incidência de 0,4-1% dos tumores de esôfago. Apenas 5% crescem a ponto de serem denominados gigantes, maiores do que 10 cm. Sintomas costumam surgir nos tumores iguais ou maiores que 5 cm. Objetivo: Relatar um novo curso de ação terapêutica para leiomiomas gigantes do esôfago distal. Caso Clínico: VCA, sexo feminino, 38 anos, apresentava há 4 meses sensação de opressão retroesternal. Realizou tomografia computadorizada(CT) em outro serviço demonstrando lesão de esôfago distal sugestivo de leiomioma. No exame de endoscopia, realizado por queixa de azia e leve disfagia, foi determinado hiato alargado em 2cm e gastrite leve. Paciente submetida a exérese de lesão tumoral íntegra sem lesão mucosa e reconstrução da parede muscular externa, pelo método videolaparoscópico. Associou-se hiatoplastia e esofagogastrofundoplicatura parcial. O exame anátomo patológico confirmou o leiomioma, com 10x5x2cm. Evolução: Evoluiu clinicamente a longo prazo sem o aparecimento de azia ou disfagia. Submetida a exame contrastado do esôfago após 6 mese, tomografia e endoscopias de controle pelos próximos 4 anos, todos normais. Discussão: O tratamento clássico do leiomioma gigante inclui toracotomia com esofagectomia. Considerando que em 80% dos casos a lesão se encontra nos terços médio e inferior do esôfago, a abordagem videolaparoscópica por via transhiatal se torna possível. A reconstrução da muscular externa é importante para prevenir um possível prolapso da mucosa. A realização da fundoplicatura além de evitar o refluxo gastroesofágico, possibilita que a área de sutura da parede muscular do esôfago seja recoberta, aumentando a segurança no tratamento. Comentários Finais: Em serviços com experiência na realização de tratamento cirúrgico das doenças da transição esôfago gástrica pelo método videolaparoscópico, é possível realizar tal o tratamento cirúrgico com adequada segurança. O método proporciona ao paciente um maior conforto pós operatório e pronta recuperação clínico cirúrgica.
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