Avaliação populacional do conhecimento sobre atendimento extra-hospitalar da parada cardíaca
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i3p238-245Palavras-chave:
Ressuscitação cardiopulmonar, Parada cardiorrespiratória, Educação em saúde, Suporte básico de vida, Treinamento, Características da populaçãoResumo
Introdução: A morbimortalidade da parada cardiorrespiratória depende da eficácia do atendimento. O sucesso da ressuscitação aumenta se iniciada precocemente no local. Indivíduos desinformados e não capacitados podem prestar um atendimento inadequado aumentando os danos. Objetivo: avaliar se sexo, idade, escolaridade e profissão influenciam no conhecimento e nas atitudes do socorrista. Método: Pesquisa aplicada, com questionário do tipo aberto e fechado, quanti-qualitativo. Estudo transversal por amostra de conveniência, utilizada como reflexo de uma população, não probabilística. Resultado: Foram 319 questionários aplicados entre agosto e outubro de 2015. Homens 36%. Idade média 34,3+14,7 anos. Nível superior 55% e médio 40%. Homens e Mulheres dizem que sabem reconhecer um evento, mas os homens se sentem mais aptos (36% x 21,6% p=0,01), sabem o que fazer (51,2% x 38,2% p=0,02), pedem menos ajuda (27,9% x 40,4%) e checam mais sinais vitais (27,9% x 12,5%). Em relação à faixa etária aqueles entre 20 e 60 anos reconhecem menos eventos (40% x 24% p=0,02) e poucos sabiam como pedir ajuda corretamente. Pessoas com nível superior tinham maior capacidade de reconhecer uma parada (45%), mas isso não os diferenciou nos demais itens. Profissionais da área da saúde chamam menos por ajuda, e metade deles não sabe para qual número ligar. Conclusão: Homens, as pessoas mais velhas e as mais jovens estão mais bem preparados para atender uma parada, independente da escolaridade. E profissionais da área da saúde possuem um conhecimento pouco melhor que a população leiga.
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