Arritmias e as suas correlações fisiopatológicas com a infecção do SARS-COV2

Resumo

Introdução: A pandemia causada pelo SARS-CoV 2 é considerada um dos eventos de saúde pública mais críticos das últimas décadas. Posto isso, o conhecimento das manifestações promovidas pela doença se faz relevante. Das alterações já descritas na literatura, as arritmias cardíacas vêm ganhando crescente destaque. Objetivo: Discutir a patogênese das arritmias no contexto da infecção pelo Coronavírus e, assim, elucidar os mecanismos de agressão desse vírus ao tecido cardíaco. Métodos: Trata-se de uma revisão do tipo transversal e integrativa. Pesquisas foram realizadas em bases de dados como SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Selecionou-se artigos nos idiomas inglês, português e italiano publicados entre 2020 e 2023. Resultado: A arritmia cardíaca como consequência da infecção possui relação com o estado hiperinflamatório desenvolvido em resposta ao vírus ou pela invasão direta de estruturas que possuam o receptor ECA-2. Ocorrem lesões isquêmicas no nodo sinoatrial e no miocárdio por consequência da formação de trombos vasculares causados pela inflamação, que prejudicam o ritmo e a contração desse órgão, retirando-o de seu ritmo sinusal. No que concerne à invasão direta, há rompimento do sarcolema dos cardiomiócitos, o que prejudica a propagação adequada do impulso elétrico ao longo do tecido cardíaco e compromete seu funcionamento normal.  Conclusão: Existe uma estreita relação entre a infecção por COVID-19 e a ocorrência de arritmias, bem como a acentuação da morbimortalidade dos pacientes infectados.