Hanseníase na Amazônia central: um olhar epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i2e-194245Palavras-chave:
Epidemiologia, Ecossistema Amazônico, Hanseníase, Saúde Coletiva, AmazôniaResumo
OBJETIVO: Descrever a epidemiologia e o perfil clínico da hanseníase na região oeste do estado do Pará, Brasil, no período de 2014 a 2020. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo. A coleta de dados foi realizada a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde do Brasil no período de junho de 2021 a agosto de 2021, e uma revisão da literatura na base dados PUBMED. RESULTADOS: Foram registrados 1764 casos, com uma prevalência de 17,5 por 10.000 habitantes, sendo 942 (53,5%) na região do Tapajós e 822 (47,9%) na região do Baixo Amazonas. Houve predomínio na faixa etária de 40 a 49 anos (20,6%); cor “parda” (73,6%); escolaridade com Ensino Fundamental Incompleto (55,7%); sexo masculino (66,3%); forma clínica Dimorfa (54,5%); classificação operacional Multibacilar (82,3%); grau zero de incapacidade funcional (41,6%); episódios reacionais tipo I (11,6%). Na revisão de literatura, foram incluídos 9 artigos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e leitura dos artigos na íntegra. CONCLUSÃO: Houve redução no número de casos de hanseníase na Mesorregião no período estudado. Todavia, ainda existem déficits nas estratégias de rastreio, tratamento e acompanhamento dos casos de hanseníase, com prevalência de casos altamente transmissíveis e clinicamente graves, especialmente entre homens em idade economicamente ativa. Dessa forma, faz-se essencial a adoção de políticas públicas regionais para combate, controle e prevenção da hanseníase na região Oeste do estado do Pará.
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