Relação entre o nível de atividade física e a ocorrência de dor em universitários: uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i6e-198316

Palavras-chave:

Dor, Estudante, Atividade física, Educação superior

Resumo

Introdução: A maioria dos universitários apresentam baixo nível de atividade física e os seus níveis de adesão tendem a diminuir com o passar do tempo e aumento das atribuições. Além disso, nota-se que a dor osteomuscular é comum nesses estudantes, principalmente na região da coluna vertebral, e essa dor pode ocasionar prejuízos psicológicos e sociais. Objetivo: Verificar a relação do nível de atividade física (NAF) com a ocorrência de dor em populações de estudantes universitários. Método: O estudo se caracteriza como uma revisão integrativa. As buscas ocorreram em nove bases de dados por meio dos descritores “dor”, “atividade física” e “estudantes”, bem como seus termos equivalentes. Localizaram-se inicialmente 596 artigos e após a retirada de duplicatas e de artigos não relacionados ao objeto deste estudo, foram incluídos oito artigos para análise. Resultado: Os estudos envolveram uma amostra de 40.638 estudantes universitários, com idades variando de 18 e 26 anos. Dentre os oito estudos incluídos, um concluiu que o NAF não interfere na dor, dois indicaram que o aumento do NAF diminui a dor e, em cinco estudos, observou-se que a redução do NAF aumenta a dor. Conclusão: Esta revisão traz evidências preliminares de que a atividade física possa minimizar a ocorrência de dor na população universitária. Novos estudos, epidemiológicos e clínicos são necessários para avaliar a dor e o nível de atividade física nesta população.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Samira Lobo Lopes, Universidade Federal de Jataí. Jataí, Goiás. Brasil.

    Acadêmica do Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Jataí, Jataí, Goiás, Brasil.

    Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

  • Juliana Ventura Mesquita, Universidade Federal de Jataí. Jataí, Goiás. Brasil.

    Acadêmica do Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Jataí, Jataí, Goiás, Brasil.

    Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

  • Sara Marques Xavier, Universidade Federal de Jataí. Jataí, Goiás. Brasil.

    Acadêmica do Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Jataí, Jataí, Goiás, Brasil.

    Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

  • Renata Alves Cardoso, Universidade Federal de Jataí. Jataí, Goiás. Brasil.

    Acadêmica do Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Jataí, Jataí, Goiás, Brasil.

    Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

  • Ingrid Santos Borges, Universidade Federal de Jataí. Jataí, Goiás. Brasil.

    Acadêmica do Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Jataí, Jataí, Goiás, Brasil.

    Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

  • Katiane da Costa Cunha, Universidade do Estado do Pará. Marabá, Pará. Brasil.

    Graduada em Fisioterapia

    Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano

    Doutora em em Psicologia

    Pós-Doutorada pela Universidade Federal do Pará

    Coordenadora do Laboratório de Fisiologia e Saúde Baseada em Evidências- LABFISBE- UEPA.

    Líder do Grupo de pesquisa : Saúde e interdisciplinaridade na Amazônia- UEPA.

    Professora Efetiva do Programa de Pós Graduação Ensino em Saúde na Amazônia.

    Professora do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará, Campus Marabá.

  • Marianne Lucena da Silva, Universidade de Brasília, Departamento de Saúde Coletiva, Brasília, Distrito Federal. Brasil.

    Graduada em Fisioterapia

    Mestre em Educação Física

    Doutora em Ciências e Tecnologias em Saúde

    Professora do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Jataí.

    Professora credenciada no Programa de pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde

    Membro do Grupo de Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença (UFJ) e do Grupo de Pesquisa em Saúde e interdisciplinaridade na Amazônica (UEPA)

  • Luiz Fernando Gouvêa-e-Silva, Universidade Federal de Jataí, Instituto de Biociências, Jataí, Goiás. Brasil.

    Graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia

    Mestre em Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia

    Doutor em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará

    Professor do Laboratório de Anatomia Humana e Comparativa, da Universidade Federal de Jataí, Jataí - GO.

    Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença - GEPEMSAD

    Na área de pesquisa, atua nas linhas envolvendo as doenças crônicas não transmissíveis e infecções, bem como, propostas terapêuticas para a saúde humana

Referências

Carvalho RC, Maglioni CB, Machado GB, Araulo JE, Silva JRT, Silva ML. Prevalence and characteristics of chronic pain in Brazil: a national internet-based survey study. BrJP. 2018;1:331-8, 2018. Doi: https://doi.org/10.5935/2595-0118.20180063

Brewer BW, Karoly P. Recurrent pain in college students. J Am Coll Health. 1992;41(2):67-9. Doi: https://doi.org/10.1080/07448481.1992.10392820

Paixão MS, Tassitano RM, Siqueira GR. Prevalence of musculoskeletal discomfort and associated factors in college students. Rev Bras Promoc Saúde. 2013;26(2):236-44. Doi: https://doi.org/10.5020/29101.

Martins Barbosa R, Silva Queiroz H, Oliveira Santos L, Nascimento da Silva Júnior M, Nery dos Santos AC. Prevalência da dor em estudantes universitários: uma revisão sistemática. Sci Med. 2021;31(1):e38883. Doi: https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.38883

Morais BX, Dalmolin GDL, Pedro CMP, Bresolin JZ, Andolhe R, Magnago TSBDS. Perceived stress and musculoskeletal pain among undergraduate health students. Texto Contexto-Enferm. 2021;30:e20200076. Doi: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2020-0076

Vieira AJO, Julião CAB, Firmino RT, Granville-Garcia AF, Menezes, VAD. Conhecimento de ergonomia e distúrbios osteomusculares entre estudantes de odontologia. RFO UPF. 2014;19(3):304-10. Doi: https://doi.org/10.5335/rfo.v19i3.3996

Silva CDD, Ferraz GC, Souza LAF, Cruz LVS, Stival MM, Pereira LV. Prevalência de dor crônica em estudantes universitários de enfermagem. Texto Contexto-Enferm. 2011;20:519-25. Doi: https://doi.org/10.1590/S0104-07072011000300013

Silva JA, Ribeiro-Filho NP. A dor como um problema psicofísico. Rev Dor. 2011;12(2):138-51. doi: https://doi.org/10.1590/S1806-00132011000200011

Silva FED, Dantas FRP, Macena RHM, Vasconcelos TBD. Implementation process of the strategy of surveillance of chronic musculoskeletal pain in basic health care. Case report. Rev Dor. 2016;17:69-72. Doi: https://doi.org/10.5935/1806-0013.20160017

Alves RDC, Tavares JP, Funes RAC, Gasparetto GAR, Silva KCCD, Ueda TK. Evaluation of pain knowledge of Physiotherapy students from a university Center. Rev Dor. 2013;14:272-9. Doi: https://doi.org/10.1590/S1806-00132013000400008

Cruz AG, Oliveira Parola VS, Neves HL, Cardoso DFB, Bernardes RA, Parreira PMD. Exercise programs for work-related musculoskeletal pain: a scoping review protocol. Rev Enf Ref. 2021;5(6):e20092. Doi: https://doi.org/10.12707/RV20092

Bueno DR, Marucci MDFN, Codogno JS, Roediger MDA. Os custos da inatividade física no mundo: estudo de revisão. Ciênc Saúde Colet. 2016;21(4):1001-10. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015214.09082015

Souza JB. Poderia a atividade física induzir analgesia em pacientes com dor crônica? Rev Bras Med Esporte. 2009;15(2):145-50. Doi: https://doi.org/10.1590/S1517-86922009000200013

Souza DFS, Hafele V, Siqueira FV. Dor crônica e nível de atividade física em usuários das unidades básicas de saúde. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2019;24:1-10. Doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0085

Pate RR, Pratt M, Blair SN, Haskell WL, Macera CA, Bouchard C, et al. Physical activity and public health. A recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA. 1995;273(5):402-7. Doi: 10.1001/jama.273.5.402

Silva GDSFD, Bergamaschine R, Rosa M, Melo C, Miranda R, Bara Filho M. Evaluation of the physical activity level of undergraduation students of health/biology fields. Rev Bras Med Esporte. 2007;13:39-42. Doi: https://doi.org/10.1590/S1517-86922007000100009

Tricoli W. Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia. Rev Bras Ciênc Mov. 2001;9(2):39-44. Doi: https://doi.org/10.18511/rbcm.v9i2.386

Van Santen M, Bolwijn P, Landewé R, Verstappen F, Bakker C, Hidding A, et al. High or low intensity aerobic fitness training in fibromyalgia: does it matter? J Rheumatol. 2002;29(3):582-7. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11908577/

Sultoni K, Peralta L, Cotton W. Technology-supported university courses for increasing university students’ physical activity levels: a systematic review and set of design principles for future practice. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(11):e5947. Doi: https://doi.org/10.3390/ijerph18115947

Serbic D, Friedrich C, Murray R. Psychological, social and academic functioning in university students with chronic pain: A systematic review. J Am Coll Health. 2021;6:1-15. Doi: https://doi.org/10.1080/07448481.2021.2006199

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med. 2009;151(4):264-9. Doi: https://doi.org/10.7326/0003-4819-151-4-200908180-00135

Wells G, Shea B, O’Connell J, Robertson J, Peterson V, Welch V, et al. The Newcastle-Ottawa scale (NOS) for assessing the quality of nonrandomised studies in meta-analysis. http://www.ohri.ca/programs/clinical_epidemiology/oxfordasp.

Ahn SH, Um YJ, Kim YJ, Kim HJ, Oh SW, Lee CM, et al. Association between physical activity levels and physical symptoms or illness among university students in Korea. Korean J Fam Med. 2016;37(5):279-86. Doi: http://dx.doi.org/10.4082/kjfm.2016.37.5.279

Alghadir AH, Gabr AS, Al-Ghadir M. Oxidative Stress and Musculoskeletal Pain in University Students with Generalized Joint Hypermobility: A Case–Control Study. J Pain Res. 2021;14:2029-37. Doi: http://dx.doi.org/10.2147/JPR.S310022

Abadi Bavil D, Dolatian M, Mahmoodi Z, Akbarzadeh Baghban A. A comparison of physical activity and nutrition in young women with and without primary dysmenorrhea. F1000Res. 2018;7:e59. Doi: http://dx.doi.org/10.12688/f1000research.12462.1

Camargo Lemos DM, Orozco Vargas LC, Hernandez Sanchez JY, Nino Cruz GI. Dolor de espalda crónico y actividad física en estudiantes universitarios de áreas de la salud. Rev Soc Esp Dolor. 2009;16(8):429-36. https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1134-80462009000800003&lng=es&nrm=iso&tlng=es

Can S, Karaca A. Determination of musculoskeletal system pain, physical activity intensity, and prolonged sitting of university students using smartphone. Biom Human Kinet. 2019;11(1):28-35. Doi: https://doi.org/10.2478/bhk-2019-0004

Gałczyk M, Zalewska A, Białokoz-Kalinowska I, Sobolewski M. Chronic Back Condition and the Level of Physical Activity as Well as Internet Addiction among Physiotherapy Students during the COVID-19 Pandemic in Poland. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(13):e6718. Doi: https://doi.org/10.3390/ijerph18136718

Grasdalsmoen M, Engdahl B, Fjeld MK, Steingrímsdóttir ÓA, Nielsen CS, Eriksen HR, et al. Physical exercise and chronic pain in university students. PloS one. 2020;15(6):e0235419. Doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0235419

Kokic IS, Znika M, Brumnic V. Physical activity, health-related quality of life and musculoskeletal pain among students of physiotherapy and social sciences in Eastern Croatia-Cross-sectional survey. Ann Agric Environ Med. 2019;26(1):182-90. Doi: https://doi.org/10.26444/aaem/102723

Aromataris E, Munn Z. JBI Manual for Evidence Synthesis. JBI; 2020. https://synthesismanual.jbi.global. https://doi.org/10.46658/JBIMES-20-01

Gomes-Neto M, Sampaio GS, Santos PS. Frequência e fatores associados a dores musculoesqueléticas em estudantes universitários. Rev Pesq Fisio. 2016;6(1):26-34. Doi: https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v6i1.790

Marques NR, Hallal CZ, Gonçalves M. Características biomecânicas, ergonômicas e clínicas da postura sentada: uma revisão. Fisioter Pesqui. 2010;17(3):270-6. Doi: https://doi.org/10.1590/S1809-29502010000300015

Toscano JJO, Egypto EP. A influência do sedentarismo na prevalência de lombalgia. Rev Bras Med Esporte. 2001;7:132-7. Doi: https://doi.org/10.1590/S1517-86922001000400004

Warburton DER, Nicol CW, Bredin SSD. Health benefits of physical activity: the evidence. Cmaj. 2006;174(6):801-9. Doi: https://doi.org/10.1503/cmaj.051351

Warburton DER, Gledhill N, Quinney A. The effects of changes in musculoskeletal fitness on health. Can J Appl Physiol. 2001;26(2):161-216. Doi: https://doi.org/10.1139/h01-012

Silva DK, Nahas MV. Prescrição de exercícios físicos para pessoas com doença vascular periférica. Rev Bras Ciên Mov. 2002;10(1):55-61. Doi: https://doi.org/10.18511/rbcm.v10i1.416

Silva MR, Ferretti F, Lutinski JA. Dor lombar, flexibilidade muscular e relação com o nível de atividade física de trabalhadores rurais. Saúde Debate. 2017;41:183-94. Doi: https://doi.org/10.1590/0103-1104201711215

Gerzson LR, Padilha JF, Braz MM, Gasparetto, A. Physiotherapy in primary dysmenorrhea: literature review. Rev Dor. 2014;15:290-5. Doi: https://doi.org/10.5935/1806-0013.20140063

Araújo LMD, Silva JMND, Bastos WT, Ventura PL. Pain improvement in women with primary dysmenorrhea treated by Pilates. Rev Dor. 2012;13:119-23. Doi: https://doi.org/10.1590/S1806-00132012000200004

Yáñez N, Bautista-Roa SJ, Ruiz-Sternberg JE, Ruiz-Sternberg ÁM. Prevalencia y factores asociados a dismenorrea en estudiantes de ciencias de la salud. Rev Cienc Salud. 2010;8(3):37-48. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1692-72732010000300002&lng=en&nrm=iso&tlng=es

Cavenaghi S, Folchine ERA, Marino LHC, Lamari NM. Prevalência de hipermobilidade articular e sintomas álgicos em trabalhadores industriais. Arq Ciênc Saúde. 2006;13:64-68. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-465680

Lompa PA. Incidência de lesões esportivas em atletas com e sem síndrome de hipermobilidade articular familiar [Dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 1996. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/197730

Barroso GC, Thiele ES. Muscle injuries in athletes. Rev Bras Ortop. 2011;46:354-8. Doi: https://doi.org/10.1590/S0102-36162011000400002

Santos WJR, Gosser EHS, Souza Vespasiano B. O fortalecimento da musculatura do core na prevenção de lesões em atletas de alto nível. Rev Saúde UniToledo. 2019;3(2):2-12. http://ojs.toledo.br/index.php/saude/article/view/3300

Publicado

2024-12-02

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Lopes, S. L. ., Mesquita, J. V. ., Xavier, S. M. ., Cardoso, R. A. ., Borges, I. S. ., Cunha, K. da C. ., Silva, M. L. da ., & Gouvêa-e-Silva, L. F. (2024). Relação entre o nível de atividade física e a ocorrência de dor em universitários: uma revisão integrativa. Revista De Medicina, 103(6), e-198316. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i6e-198316