Perfil epidemiológico, sobrevida e prognóstico materno em unidade de terapia intensiva no nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i4e-207386Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva, Mortalidade Materna, ObstetríciaResumo
Objetivo. Estudar o perfil epidemiológico e determinar sobrevida e prognóstico materno em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Nordeste do país. Métodos. Estudo de delineamento transversal analítico que avaliou gestantes, puérperas e mulheres em pós-abortamento ou gravidez ectópica internadas em UTI obstétrica em Teresina entre maio/2016 e maio/2017. Resultados. Das 11.466 ocorrências no período, 456 mulheres foram internadas em UTI. Dentre as causas de internação, 80.3% pacientes foram causas obstétricas diretas, 16.2% indiretas e 3.5% não obstétricas. Ao todo, 159 pacientes atendiam aos critérios do Near Miss, com significância estatística entre a apresentação dos critérios e a mortalidade (p<0,001; x²=30,974). A taxa de mortalidade foi de 3.5%, sendo a totalidade, casos de Near Miss. Verificou-se correlação estatística significativa e direta entre sobrevida e número de critérios clínicos (p<0,001; rp=0,270), laboratoriais (p<0,001; rp=0,358) e de manejo (p<0,001; rp=0,465). Identificou-se que quanto maior o número de critérios, maior a duração da internação e pior o prognóstico (p<0,001). Conclusão. Mulheres admitidas em UTI por causas obstétricas indiretas que preencheram critérios de Near Miss materno tiveram internação mais duradoura e pior prognóstico.
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