Programa de treinamento físico híbrido sobre a saúde e função física em jovem obeso com síndrome do cromossomo 16: um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i5e-212328Palavras-chave:
Relato de caso, Adolescente, Síndrome genética, Exercício físico, ObesidadeResumo
Introdução: A síndrome no cromossomo 16 é uma desordem gerada por microdeleções de tamanhos variáveis, na região 11.2 deste cromossomo. O fenótipo pode incluir déficit cognitivo, obesidade grave e atraso de neurodesenvolvimento, afetando a qualidade de vida relacionada à saúde. Objetivo: relatar os efeitos de um programa de exercício físico na qualidade de vida e capacidade funcional de um jovem com a síndrome do cromossomo 16. Método: o estudo é um relato de caso, que consistiu em um programa de exercício físico de 20 semanas, com exercícios aeróbios e resistidos, no modelo híbrido (Home-Based Exercise e presencial/supervisionado). Buscou-se informações sobre o participante e foram mensuradas: massa corporal, estatura, circunferências corporais e aplicados os testes Timed Up and Go (TUG) e Five Times Sit-to-Stand Test, (5TSTS), para avaliar da função física, pré e pós-intervenção. A qualidade de vida relacionada à saúde, do jovem e seus cuidadores, foi avaliada por meio do Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL™). Os dados foram analisados com recursos da estatística descritiva. Resultados: o participante foi um adolescente de 14 anos, sexo masculino, inativo fisicamente e com obesidade (índice de massa corporal ~ 65kg/m²). As avaliações não demonstraram alterações morfológicas, entretanto, houve melhora no desempenho dos testes funcionais, sendo 28,5% no TUG e 10,9% no 5TSTS, sugerindo progresso da capacidade funcional. Referente à qualidade de vida, foram observadas modificações favoráveis à melhora dos aspectos social (variação absoluta: 65 pontos), físico e emocional (variação absoluta: 50 pontos em ambos) na percepção do adolescente. No “Módulo de impacto familiar" todos os domínios foram modificados, com exceção para “atividades de vida diária”, destaca-se a “comunicação com outras pessoas” com maior variação. Conclusão: este estudo demonstrou que a prática regular de exercício físico, de forma híbrida, proporcionou resultados positivos na função física, saúde emocional e social do jovem com a síndrome.
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